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Termina greve de professores em Gaza

10/10/2017 16:33
Termina greve de professores em Gaza

Parte significativa dos cerca de 500 professores das escolas secundárias e técnico-profissionais da cidade de Xai-Xai, a capital de Gaza, retomaram as aulas, depois de uma semana de greve, reivindicando a falta de pagamento de horas extras e outros subsídios em dívida desde 2015 a esta parte.

O reinício das aulas, esta segunda-feira, surge depois de encontros sucessivos entre os profissionais do sector da educação e membros do governo provincial.

Numa ronda efectuada pelo jornal “Diário de Moçambique”, foi possível notar que alguns docentes estavam em plena actividade, entretanto, em grande parte das salas só se encontravam alunos, alguns dos quais a estudar em pequenos grupos, por eles constituídos para o efeito.
Os professores dizem ter decidido regressar ao trabalho, na expectativa de que o governo também “vai honrar, nas próximas horas”, o compromisso assumido durante os sucessivos encontros realizados na semana passada. 
“Mas se o governo pensar que está para nos enganar só para nos ver nas salas de aula, então não nos responsabilizamos pelas consequências que daí podem advir”, disse um dos professores da Escola Secundária Joaquim Chissano, que pediu anonimato.
“Nas primeiras horas houve pequeno receio, um e outro professor é que se fez presente na escola, mas pouco depois o número de docentes foi aumentado. Na verdade, ainda faltam muitos professores, mais de metade e esperamos que até amanhã (hoje), todos os colegas se façam às salas”, disse um outro docente, na Escola Secundária de Xai-Xai.
Refira-se que mais de 130 milhões de meticais é o valor que o governo, através do sector da educação e desenvolvimento humano está a dever aos professores em Gaza, desde 2015 até Maio passado.
O montante é relativo às horas extraordinárias e factor 1,5 (turno e meio), para cerca de 7.200 professores em todos os distritos da província de Gaza.
Chongoene, Limpopo, Xai-Xai, Chibuto e Chókwè são os distritos e vilas municipais com mais focos de professores ainda em greve e, segunda-feira, Mandlakazi juntou-se a este grupo através da Escola Secundária Samora Machel, localizada a escassos metros da vila municipal local.
(AIM)