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Saúde projecta reduzir prevalência da malária até 24 por cento

07/12/2017 09:56
Saúde projecta reduzir prevalência da malária até 24 por cento

O Programa Nacional de Controlo da Malária (PNCM) estabelece como meta reduzir, até 2022, a prevalência da doença para 24 por cento, contra o actual índice estimado em 40 por cento, com as regiões centro e sul apontadas como as mais afectadas.

A meta está plasmada no Plano Estratégico da Malária 2017/22, lançado hoje em Maputo e desenvolvido através de uma abordagem multis-sectorial e participativa, incluindo todos os parceiros do PNCM.
O chefe do PNCM no Ministério da Saúde, Baltazar Candrinho, disse que o sector da saúde está apostado em reduzir a prevalência da doença que está entre as maiores causas de morte no país e internamento das unidades sanitárias em território moçambicano.
Candrinho afirmou que o novo plano estratégico incorpora uma abordagem inovativa que vai de acordo com a situação epidemiológica e entomológica, isto é, as actividades não serão as mesmas, porquanto cada distrito tem o seu contexto e cada província tem a sua situação.
“A grande inovação é que temos zonas de alta, média e baixa transmissão, e as intervenções serão feitas de acordo com esta situação. A medida em que uma zona de alta transmissão, com as nossas intervenções, passa para a média começamos a colocar as intervenções de média transmissão, e quando uma zona de média passa para baixa aí começamos a fazer uma intervenção de baixa transmissão”, explicou Candrinho.
O plano estratégico está dividido em seis objectivos, que vão desde a gestão para fortalecer as capacidades de gestão do programa a nível central, provincial e distrital.
O segundo eixo, segundo a fonte, é o da prevenção da malária em que se pretende assegurar que toda a população moçambicana tenha acesso a pelo menos um método de prevenção da doença, pode ser uma rede ou pulverização. O enfoque está para as mulheres grávidas e crianças menores de cinco anos.
O terceiro objectivo é o maneio de casos, que é o diagnóstico e tratamento, onde o objectivo é garantir que todas as pessoas que se dirigem a uma unidade sanitária, com alguma suspeita da doença, tenha um diagnóstico que, caso seja positivo, deve ter acesso a um tratamento adequado.
Na lista dos objectivos do plano estratégico está também inserida a questão da comunicação a fim de assegurar que as comunidades recebam mensagens apropriadas para uma mudança de comportamento e atitude perante a malária, e aceite que as suas casas sejam pulverizadas.
Baltazar Candrinho disse que o último objectivo é a monitoria, avaliação e vigilância que é para monitorar os dados e perceber melhor a tendência da doença no país, em função do preconizado no plano estratégico.