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Parque de Zinave alarga santuário da fauna

26/09/2017 11:08
Parque de Zinave alarga santuário da fauna

O Parque Nacional de Zinave, na província meridional de Inhambane, em Moçambique, está a alargar o santuário da fauna para albergar mais espécies e estimular a sua reprodução.

Com as obras em curso, o santuário do Parque de Zinave passará a ocupar uma área de 18 mil hectares, contra os actuais seis mil.

Santuário da fauna é uma extensão de terra normalmente com vedação electrificada, que garante a protecção e reprodução dos animais. 
O administrador do Parque de Zinave, António Abacar, disse que as obras, que contam com o patrocínio da “Peace Parks Foundation (PPF)”, visam aproveitar no máximo os recursos existentes, tais como água e vegetação.
Com a extensão da área ocupada, o santuário da fauna do Parque de Zinave vai contar com uma floresta sagrada e o próprio lago Zinave, alargando a capacidade de acomodar mais animais.
“Dentro de cinco anos o que está sendo feito no âmbito do acordo de co-gestão com a Peace Parks Foundation estará mais visível”, disse Abacar que falava a jornalistas a margem da recepção de mais um lote de pivas e búfalos, animais oriundos do Parque Nacional de Gorongosa e da Reserva Nacional de Marromeu, na província central de Sofala.
Disse que o parque ainda precisa de melhorar alguns aspectos para que a atracção turística seja realidade.
“O turismo virá depois. Primeiro precisamos melhorar alguns aspectos. A prioridade é ter uma fauna e flora de qualidade aceitável e depois virão os acampamentos turísticos”, afirmou. 
Este ano, segundo a fonte, o Parque de Zinave já recebeu 340 pivas provenientes de Gorongosa, faltando ainda 60. “Esperamos, ainda, receber mais 100 changos, também de Gorongosa. Da reserva de Marromeu recebemos 71 búfalos, e do Parque Nacional de Kruger, da África do Sul, esperamos receber 50 elefantes, para além de bois cavalo e zebras”.
Abacar lamentou a precariedade das vias de acesso o que dificulta a atracção turística e o próprio repovoamento da fauna.
“Ainda estamos atrasados no que toca ao turismo devido a localização do próprio parque, agravado pela precariedade das vias de acesso. Por exemplo, para o repovoamento os animais precisam entre dois e três dias para chegarem ao parque”, explicou. 
Sobre a caça furtiva, Abacar disse ser um problema que está praticamente sob controlo. Como testemunho disse que já foram confiscadas cerca de 30 armas de caçadores furtivos ao longo do corrente ano. O Parque possui 45 fiscais e outros 35 estão a receber formação. 
No que concerne ao conflito Homem e fauna bravia, a fonte disse que duas pessoas morreram este ano devido a ataques de crocodilos e hipopótamos.