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Governo ganha reforços norte-americanos na educação

01/12/2017 13:56
Governo ganha reforços norte-americanos na educação

O governo dos Estados Unidos da América (EUA) disponibilizou hoje mais 54 novos professores voluntários do Corpo da Paz que vão trabalhar nas escolas secundárias em diversos distritos em Moçambique.

Trata-se de jovens preparados, com destrezas e ferramentas necessárias para leccionarem nas escolas secundárias como professores de disciplinas de Inglês, Matemática, Física, Biologia, Química e Informática.

Os professores vão leccionar em 46 escolas secundárias de distritos em todas as províncias do país num período de dois anos.
O presente grupo de voluntários é o 29º e a cerimónia de juramente teve lugar hoje, em Maputo, a capital moçambicana, e foi orientada pelo embaixador norte-americano, Dean Pittman.
Asseguramos que estes novos voluntários têm a vontade, motivação e as capacidades necessárias para se tornarem professores exemplares. Ao fim de dois anos de serviço, a maior parte dos voluntários regressa aos Estados Unidos transformados pela experiência vivida nas escolas e suas comunidades e tornam-se representantes informais dos seus países de serviço, e neste caso Moçambique, tal como cá representam o povo americano, disse Sanjay Mathur, director do Corpo da Paz.
Segundo Mathur , os voluntários agora em Moçambique representam a grande diversidade dos EUA, a boa vontade do povo americano e o desejo de partilhar conhecimentos e habilidades para contribuírem na construção de uma nação próspera e não alguma política, movimento social ou religioso.
A construção de uma nação próspera depende da qualidade da educação dos seus habitantes e essa qualidade, por sua vez, depende dos professores nas escolas. Um bom professor pode inspirar esperança, expandir a imaginação e cultivar o amor para a aprendizagem, vincou.
De modo a terem uma formação adequada à realidade moçambicana, os voluntários acabam de cumprir uma formação intensiva de três semanas, orientada por uma equipa moçambicana de profissionais experientes na área de educação. 
Os voluntários estiveram durante o processo com as respectivas famílias hospedeiras no município de Namaacha, província meridional de Maputo, onde aprenderam a língua portuguesa e começaram a familiarizar-se com as línguas nacionais tais como Changana (do sul), Macua, falada nas regiões norte e centro do país.
Os professores visitaram, durante três semanas, as suas futuras escolas, interagiram com os seus colegas moçambicanos, planificaram aulas com eles e até leccionaram com vista a reforçar e colocar em prática os conteúdos de formação.
Vou trabalhar no distrito de Mágoè, em Tete (província do centro). Espero encontrar muitos alunos interessados em aprender sobre a cultura americana e trabalharmos juntos para o seu desenvolvimento. Estou feliz por estar aqui. Esperamos fazer um bom trabalho com o povo moçambicano e ajudar o desenvolvimento educacional das crianças, disse Jeffrey Grinde, numa breve conversa que manteve com a AIM.
Antónia Robertson é também voluntária e vai leccionar na Escola Secundária Marista, em Bilene, distrito da província meridional de Gaza. Ela diz gostar muito da escola em que vai trabalhar, porque granjeou simpatia da direcção da escola e dos alunos.
Têm criatividade e muita energia e estou feliz em dar aulas e trabalhar com eles, porque também têm muitas habilidades, afirmou.
O Corpo da Paz é uma agência federal norte-americana independente, criada em 1961 pelo então Presidente John Kennedy, para ajudar os países em desenvolvimento, prestando serviços essenciais e promovendo o melhor entendimento entre os americanos e outros povos.
O Corpo da Paz conta neste momento com um total de 205 voluntários a trabalhar nas áreas de educação e saúda em Moçambique.
(AIM)