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Zambézia orientada a embarcar na produção pecuária

04/09/2017 08:56
Zambézia orientada a embarcar na produção pecuária

O Presidente da República, Filipe Nyusi, desafia a província central da Zambézia a equacionar a hipótese de desenvolver a pecuária, em particular a avicultura, com vista a tirar maior proveito das óptimas condições que possui e, por conseguinte, se tornar referência entre as parcelas do país onde esta actividade está mais consolidada.

Além da matéria-prima para o efeito, que pode ser gerada a nível da província, a Zambézia possui rios navegáveis que atravessam o seu vasto território, património que representa mais do que um valor acrescentado para a concretização desse desiderato.

Nyusi deixou este desafio durante a declaração à imprensa, por ocasião do termo, hoje, da visita presidencial de três dias que o Chede de Estado efectuou à Zambézia, onde escalou os distritos da Maganja da Costa, Mocubela, Guruè e Lugela.
“A recomendação que deixamos consiste no desenvolvimento da pecuária, porque a província tem rios navegáveis que percorrem o território. Por isso, acreditamos que é possível, em particular para a avicultura, a semelhança da aposta feita na horticultura que está a resolver muitos problemas também”, disse o presidente.
Na ocasião, Nyusi disse que a Zambézia está a superar as adversidades, portanto a avançar e a crescer com a produção, que ajudará bastante para nivelar as relativas assimetrias até então prevalecentes e permitir que a luta pelo bem-estar dos moçambicanos seja, dentro de um breve espaço de tempo, uma realidade. 
No périplo pelos quatro distritos da província, a segunda mais populosa do país, Nyusi disse que a agricultura constitui uma actividade que mereceu monitoria cerrada, até porque está também no âmbito das quatro prioridades definidas pelo governo. Neste capítulo, a resposta da província é muito satisfatória, traduzida na abundância comparada ao que registou nos anos anteriores.
Segundo o Chefe de Estado moçambicano, a província da Zambézia “está estável, a crescer e a gerir a situação macroeconómica, também porque tem uma grande participação no xadrez de prioridades do país”. 
Ainda no domínio da agricultura, Nyusi recomendou mais trabalho no sentido de garantir que na altura do seu retorno, em 2018, para avaliar a execução das actividades preconizadas, haja um seguimento sintonizado com as constatações desta visita. A província deve começar a preparar a época agrícola 2017/18 cujo lançamento vai acontecer em Outubro. 
A abundância da última época, segundo o presidente, originou um novo fenómeno traduzido na procura do mercado, realidade que não deve constituir problema a ponto de deixar os produtores em pânico.
“Onde não se produzia o suficiente não havia procura do mercado, mas agora que se produz este novo problema passou a ser real e existe”, explicou o presidente, anotando que a recomendação para inverter o quadro situacional é a regularidade na produção quantitativa e qualitativa para que o produto possa competir.
Em relação ao valor dos produtos da agricultura para a indústria local, Nyusi apontou, a título de exemplo, a produção nacional da ração que ainda importa o milho, soja e gergelim tudo porque não contava com este mercado.
Porém, segundo Nyusi, explosão e a certeza na existência da produção, abre um espaço para novos compromissos que serão firmados que, por si só, vão regular a situação do mercado.
(AIM)