Xai-Xai: Baixo limpopo vai produzir 116 mil toneladas de culturas diversas
A empresa Regadio do Baixo Limpopo (RBL) definiu, para a presente campanha agrícola, a produção de mais de 116 mil toneladas de culturas diversas, com maior destaque para arroz, milho, hortícolas, e tubérculos.
Para o efeito, segundo Armando Ussivane, Presidente do Conselho de Administração daquela empresa pública, já estão disponíveis pouco mais de 20.250 hectares, dos quais 12.680 hectares na 1ª época e pouco mais de oito mil na 2ª época.
A produção esperada, segundo a fonte, representa um aumento de 16 por cento, tendo havido igualmente um incremento em relação a área em nove porcento, em relação à campanha 2017/18.
'Com a efectivação do presente plano de produção espera-se, entre outros objectivos, contribuir com cerca de 37.000 toneladas de arroz, o que representa 19 por cento das 190.000 toneladas de arroz em casca projectadas equivalente ao défice nacional em 2018, e pretendemos ainda participar no fortalecimento da disponibilidade de semente de arroz e milho, em 30 toneladas de semente de milho, e 800 toneladas de arroz, tendo em vista a diminuição da dependência em relação a demanda dos produtores,'explicou Ussivane.
A fonte disse que o escoamento normal das águas do rio Limpopo para a irrigação dos campos, bem como a disponibilidade de equipamentos para preparação de terras já está garantida pelas empresas RBL, Wanbao, Sammartini, Zebia, Moz India, entre outras e são factores animadores que apontam para o alcance das metas estabelecidas para a presente safra.
Também são sinais encorajadores o incremento das áreas de produção de arroz com recurso a tecnologias melhoradas, em 1360 hectares, onde se espera uma colheita de 13.000 toneladas, com rendimentos que podem chegar a sete toneladas por hectare, bem como a aquisição atempada de insumos pelos produtores.
Criado em 1952, o Sistema Regadio do Baixo Limpopo (SRBL) sempre foi caracterizado por um sistema dualista de produção agrícola: Sistema de produção cooperativo versus estatal, e sistema de produção familiar versus comercial.
Após a independência, o regadio passou à gestão de cooperativas agrícolas em algumas das zonas de drenagem ao longo das encostas arenosas, enquanto na zona aluvionar do regadio sempre predominou uma exploração do tipo empresarial estatal e a criação de gado bovino.
Nos anos 2000 houve uma transformação destes sistemas, passando as áreas exploradas pelas cooperativas para explorações do tipo familiar organizadas em associações e estas, por sua vez, aglomeradas em Casas Agrárias.
Em simultâneo, as áreas exploradas pelas antigas empresas estatais estão sendo, actualmente, aproveitadas por associações de produtores comerciais emergentes e empresas agro-industriais. O regadio passou por varias transformações estruturais de gestão o que culminou com o estabelecimento da empresa gestora designada Regadio do Baixo Limpopo, Empresa Pública.
A Empresa Regadio do Baixo Limpopo foi criada pelo Governo para assegurar a operacionalidade do perímetro irrigado do Baixo Limpopo.
A materialização desse objectivo é feita através não só da gestão de infra-estruturas hidráulicas, de água e terra, como também, pelo estabelecimento de ligações de longo prazo entre produtores e os intervenientes das cadeias de valor que operam no regadio.
(AIM)