Volume de negócios aumenta na indústria
O volume de negócios da actividade industrial aumentou substancialmente no país, em Novembro, permitindo a diminuição dos stocks nos armazéns.
Segundo o Instituto Nacional de Estatísticas (INE), o incremento do volume de negócios no período em análise ocorreu num ambiente de aumento dos preços futuros relativamente ao mês anterior.
“O indicador de confiança da produção industrial em Moçambique aumentou ligeiramente pelo terceiro mês consecutivo em Novembro, tendo o seu saldo atingido o nível mais alto dos últimos dezassete meses”, frisa o INE em comunicado de imprensa.
De acordo com a fonte, a consolidação do indicador em análise foi influenciada pela subida de todos os componentes do sector com maior saliência para o incremento extraordinário da perspectiva de emprego face ao mês anterior.
“Cerca de 35 por cento das empresas deste sector teve constrangimentos no período em análise, o que representou 4 por cento de aumento de unidades com constrangimentos face ao mês anterior”, frisa a fonte.
O INE reporta igualmente que vários factores continuaram a afectar o sector de produção industrial de electricidade e água, destacando-se a concorrência (23 por cento), a falta de matéria-prima (21 por cento) e os outros factores não especificados (24 por cento) como obstáculos mais importantes.
No mês em análise, o indicador de confiança do sector de alojamento, restauração e similares registou uma recuperação ligeira, tendo o respectivo saldo atingido o nível mais alto desde o mês de Novembro de 2015.
“A recuperação da confiança no sector resultou da avaliação muito positiva do volume de negócios e da procura corrente no mês de referência, o que permitiu suplantar a avaliação desfavorável da perspectiva da procura”, refere.
A situação anterior terá sido justificada pelos contributos positivos de aumento de preços futuros e do ligeiro incremento da perspectiva da capacidade hoteleira.
A proporção de empresas com constrangimentos, prossegue, diminuiu em 5 por cento face ao mês de Outubro, isto é, 22 por cento das empresas deste sector enfrentou alguma limitação de actividade.
“Os principais factores referidos pelos agentes económicos do sector foram a baixa procura (42 por cento), a concorrência (21 por cento), a falta de acesso ao crédito (15 por cento) e os outros factores não referenciados (15 por cento) ”, indica a fonte.
O INE informa ainda que, ao longo do mês em referência, o indicador de confiança dos serviços de transportes e armazenagem registou uma ligeira diminuição, tendo o seu saldo se situado abaixo do observado no mesmo mês de 2016.
“A avaliação desfavorável da confiança desta actividade deveu-se principalmente às perspectivas de queda substancial do volume de negócios e do emprego no mesmo mês em análise”, frisa a fonte.
Para os agentes económicos do sector, a perspectiva de tarifas aumentou consideravelmente, num clima caracterizado também pelo aumento da carteira de encomendas e das tarifas actuais do sector. Segundo o INE, cerca de 38 por cento das empresas inquiridas deste sector enfrentaram algum obstáculo no período em análise, o que representa 14 por cento de aumento de empresas em dificuldades face ao mês anterior.