Veterinária aperta medidas de controlo
O transporte e movimentação ilegal de animais e seus derivados pode estar a contribuir para o alastramento do surto da febre aftosa para mais distritos das províncias de Tete, Nampula e Gaza.
Nos últimos dias, a doença, que estava circunscrita aos distritos de Bilene, Limpopo, Chongoene e Mandlakazi, registou ocorrências no Chókwé, em Gaza, obrigando as autoridades veterinárias a reforçar a vigilância e controlo da movimentação de animais.
Em paralelo, a Direcção Nacional de Veterinária (DINAV) está a registar todos transportadores de bovinos, caprinos, suínos, ovinos e as carnes destes para evitar que estes produtos sejam transportados de uma região para a outra sem a necessária certificação.
Na última semana, a instituição alargou as restrições da movimentação de animais ao distrito de Moamba, na província de Maputo, e introduziu a obrigatoriedade da inspecção de carnes em Inhambane, Zambézia, Sofala, Cabo Delgado, Niassa e cidade de Maputo.
Assim, é apenas permitido o movimento de carnes dentro dos distritos afectados ou em risco de ocorrência de surto, desde que devidamente inspeccionada, marcada e maturada em conformidade com o estipulado no Regulamento de Inspecção de Carnes.
O director nacional de Veterinária, Américo Conceição, explicou que todo movimento de animais para criação e abate fora das províncias afectadas pelo surto deve se fazer acompanhar de credencial emitida pelas autoridades veterinárias, mediante o atestado sanitário do local de origem dos animais.
Conceição garantiu que o consumo de carne de animais com febre aftosa não constitui perigo para humanos, sendo apenas necessário a tomada de medidas para evitar o transporte do vírus.
“A febre aftosa não é uma doença zonótica, isto é, capaz de criar problemas em humanos como se tem tentado transmitir. O que deve acontecer é evitar que a carne contaminada seja transmissora do vírus a outras áreas”, acrescentou.