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Verónica Macamo em Lusaka

18/03/2016 08:58
Verónica Macamo em Lusaka

A Presidente da Assembleia da República chefia uma delegação parlamentar que se desloca hoje a Lusaka, a capital da Zâmbia, para participar na 134.ª Assembleia-Geral (AG) da União Interparlamentar (UIP), a ter lugar de 19 a 21 de Março corrente, sob o tema “Rejuvenescimento da Democracia Através de Concessão de Voz à Juventude”.

O encontro visa fundamentalmente debater a situação política, social e económica dos países-membros da União Interparlamentar, mas sobretudo tendo em conta a participação da juventude, nomeadamente no que diz respeito ao seu enquadramento para que seja sujeito cada vez mais activo em todos os processos.

Fazem parte da delegação da Assembleia da República os deputados José Mateus Katupha, que preside ao grupo da União Interparlamentar na Casa do Povo, Lucinda Malema e Saimone Macuiana, para além do secretário-geral do Parlamento.

No evento, a delegação parlamentar vai transmitir a experiência moçambicana no que diz respeito à participação da juventude em todos os domínios da vida do país.

“Vai ser um momento de aprendizagem, vamos ouvir as boas práticas existentes, mas nós também falaremos da nossa experiência, que não é assim tão reduzida. Vamos receber uma informação daquilo que a juventude parlamentar terá discutido, porque de 16 a 17 (do mês em curso, a União Interparlamentar organiza a conferência global da juventude da União Interparlamentar, onde participam as representações da juventude ao nível parlamentar”, disse, acrescentando que desta conferência da juventude sairá uma resolução que será presente aos presidentes dos parlamentos nacionais.

A Política Nacional da Juventude, enquadramento da juventude e participação da juventude no Parlamento e os seus anseios e preocupações são, entre outros, os assuntos a serem partilhados no encontro pela delegação da Assembleia da República.

Verónica Macamo defende que sendo a juventude a maioria não só em Moçambique como também em vários outros países do mundo, é necessário encontrar-se formas e melhores maneiras de acarinhá-la, abrindo espaço para a sua participação no desenvolvimento.

A Presidente da Assembleia da República disse ser necessário aproveitar ao máximo as capacidades inovadoras da juventude, apelando aos empresários a saberem explorá-las e não terem receio muitas vezes da sua inexperiência no que tange ao primeiro emprego.

Afirmou que a empregabilidade dos jovens não deve depender somente do Estado, mas de todos, sobretudo dos investimentos que são feitos no país. Para Verónica Macamo, o Governo, no seu Programa Quinquenal, parte de premissas reais no que diz respeito ao desafio da criação de mais postos de trabalho no presente mandato, empregando a camada jovem.

A garantia de bom ambiente de negócios e a paz são para a Presidente da Assembleia da República factores fundamentais para a fluidez dos investimentos e deste modo promover emprego para a juventude.

Para além da participação na Assembleia-Geral, espera-se que a delegação parlamentar moçambicana tenha agendados encontros com várias outras delegações ao mais alto nível, nomeadamente com as delegações do Vietname, África do Sul e Maurícias.

OS MOÇAMBICANOS PRECISAM DE PAZ

Solicitada a pronunciar-se sobre o clima de instabilidade que se regista no país, com ataques protagonizados por homens armados da Renamo contra civis e bens públicos e privados na região centro, mais concretamente na província de Sofala, a Presidente da Assembleia da República afirmou que o que os moçambicanos precisam é de paz.

Aliás, Verónica Macamo observou que todos têm a obrigação de não permitir que o país pare por causa da guerra. Neste processo de busca da paz, disse, a Assembleia da República tem estado a cumprir o seu papel.

A este propósito, indicou, a título de exemplo, a aprovação da revisão da Lei Eleitoral, que permitiu que a Renamo pudesse participar nas eleições de 2014, como condicionava, e a aprovação da Lei de Amnistia.

Apelou, mais uma vez, ao líder da Renamo, Afonso Dhlakama, para que aceite o diálogo proposto pelo Presidente da República, sem pré-condições, um diálogo assumido por todas as partes de cabeça e espírito aberto, responsável e que se realize a pensar na nossa terra.

Fonte: Jornal Notícias