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Transporte integrado chega as cidades de Maputo e Matola

17/03/2017 07:58
Transporte integrado chega as cidades de Maputo e Matola

A Região metropolitana do Grande Maputo, na capital de Moçambique, estará, nos próximos anos, coberta por uma rede integrada de transporte rodoviário e ferroviário, cuja consumação permitirá solucionar o actual dilema que aflige a urbe, caracterizado por escassez de meios circulantes. 

A convicção foi expressa pela vice-Ministra dos Transportes e Comunicação, Manuela Rebelo, em Tóquio, no âmbito da visita de trabalho do Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, que hoje termina.
Aliás, Rebelo foi uma das signatárias de um memorando de entendimento para o desenvolvimento do transporte urbano na cidade de Maputo.
Segundo a fonte, o projecto está orçado em 545 milhões de dólares. 
Segundo Rebelo, após a conclusão do estudo de pré-viabilidade deverá seguir-se o estudo de viabilidade para o projecto Automated Guideway Transit (AGT), um sistema de transporte não pilotado cuja operatividade depende de sistemas informáticos.
Nas ruas de Tóquio, o AGT, estabelecido em 1995, com capacidade para transportar 306 passageiros por viagem, percorre uma extensão de 14,7 quilómetros a uma velocidade igual a 60 quilómetros por hora e leva, por ano, um total de 450 milhões de pessoas.
Durante a sua estadia de quatro dias ao país do sol nascente, Nyusi visitou a Estação Central da Yurikamome, entidade operadora do modelo de transporte AGT em Tóquio, onde recebeu explicações sobre o modelo modernizado de transporte.
O estudo de viabilidade para o sistema integrado de transporte em Maputo poderá, segundo a vice-ministra, iniciar no corrente ano. A seguir poderão arrancar as obras de construção com o seu termo previsto 2023. 
O estudo de viabilidade vai, em princípio, iniciar ainda este ano. Prevê-se que termine tudo no ano 2023, com arranque das actividades, disse Rebelo.
Questionada pelos jornalistas sobre a fonte de financiamento para a efectivação do projecto, a vice-ministra disse que o governo vai buscar parcerias, assim como procurar ajuda principalmente do Japão que, segundo ela, já manifestou a disposição para conceder algum apoio.
Vamos ver se junto a eles (Japão) ou a quem melhores condições oferecer, mas vamos iniciar o projecto, assegurou a fonte, apontando que a actual preocupação premente do Executivo moçambicano é trazer soluções para o transporte público. 
Até porque nas conversações havidas entre as partes, segundo a fonte, o governo nipónico mostrou-se aberto em prestar assistência na busca de uma solução para a crise transportes públicos na cidade de Maputo. 
Rebelo disse que o governo está determinado a encontrar outras alternativas, mas a ideia é, de facto, assegurar que este modelo, a par com outros tais como o metro de superfície, as faixas dedicadas, o BRT (Bus Rapid Transport), ajudem a resolver o problema de transporte no Grande Maputo.
Os modelos interligados vão partir dos terminais da Baixa, Museu para outros destinos tais como Magoanine, Zimpeto, Matola Gare e Boane. 
(AIM)