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Transporte Público em Maputo/ oito concorrentes para as rotas concessionadas

25/08/2017 15:31
Transporte Público em Maputo/ oito concorrentes para as rotas concessionadas

Oito empresas, seis das quais cooperativas de transportadores, concorrem para explorar os seis corredores de transporte de passageiros, no âmbito do projecto de concessão de rotas na região metropolitana de Maputo, a capital moçambicana.

Segundo João Matlhombe, vereador de Transportes e Trânsito no Município de Maputo, citado hoje pelo “Notícias”, está-se a trabalhar para que até Outubro esteja concluído todo o processo administrativo para permitir que os operadores comecem a importar os primeiros autocarros a partir do final do ano.

“Há um conjunto de operadores que se organizaram para participar no processo de concessão de rotas. Isso é muito bom para nós, porque vamos lidar com uma entidade colectiva, organizada. Este é um processo de construção do profissionalismo no sector privado de transporte”, disse.
O vereador explicou que a proposta de revisão da tarifa dos transportes públicos de passageiros, apresentada quarta-feira à Assembleia Municipal, visa também propiciar um bom ambiente para que o sector privado possa ir à banca buscar financiamento para a compra de autocarros. 
“Se nós não conseguimos fazer isso, dificilmente fecharemos a concessão de rotas porque a diferença entre a tarifa de equilíbrio e a tarifa praticada é grande. Com este nível de risco, poucas pessoas vão querer financiar o sector”, acrescentou.
Paralelamente a estas acções, o Governo está a trabalhar para adquirir cerca de 300 autocarros que se vão juntar aos 80 já existentes, esperando-se que o primeiro lote chegue a partir de finais de Outubro e seja alocado em função das necessidades e do plano definido. 
Das cooperativas que concorrem, três estão na cidade de Maputo, duas no município da Matola e uma na vila de Boane. Em causa estão 12 rotas que ligam o centro da cidade a Tchumene, Mozal, Boane, Infulene, Socimol, Patrice Lumumba e T3, bem como Marracuene, via Costa do Sol ou Zimpeto.
Cada entidade deverá colocar até 51 autocarros, com um mínimo de 60 lugares cada, em rotas como Baixa-Boane, 45 na Baixa--Mozal, 45 para Baixa-Tchumene e 42 na ligação entre o centro da capital e a Matola (Godinho).
O segundo operador deverá alocar 36 machimbombos, que vão partir da Baixa ou Museu para Patrice Lumumba, 30 com destino a T3, via Estádio da Machava, e 30 para Socimol. O terceiro deverá colocar 20 para o transporte entre Baixa e Marracuene, passando pela Costa do Sol ou Zimpeto.
Na maior parte destas rotas, os concessionários vão ficar com 60 por cento do mercado, cabendo aos restantes a outra cota.
(AIM)