Tete reduz mortes causadas pelo SIDA
A província de Tete, Centro de Moçambique, reduziu, em 2015, as mortes provocadas pelo HIV/SIDA, com o registo de pelo menos 166 óbitos, contra 215 de 2014.
A diferença de 49 vítimas mortais é considerada como bastante satisfatória pelas autoridades ligadas à prevenção e mitigação dos efeitos da pandemia, que apontam as acções conjuntas do Governo e da sociedade civil como estando a contribuir para esta redução.
Desde lá para cá, a província de Tete também reduziu de 13 para sete por cento de índice de seroprevalência.
Apesar disso, Élder Chissale, coordenador do Núcleo Provincial de Combate ao HIV e Sida em Tete, disse hoje que a meta é atingir zero por cento de seroprevalência.
A fonte afirmou que a província de Tete está a registar resultados positivos, no concernente à resposta a esta pandemia, visto que existem 80 unidades sanitárias que fazem o tratamento anti-retroviral (TARV), contra uma que o fazia anteriormente.
Nesta província há tendência de redução de mortes porque as pessoas têm mais acesso à testagem e ao tratamento nos hospitais, sublinhou.
No passado, apenas um hospital tinha condições para prevenir a transmissão do HIV de mãe para filho, mas até o ano passado já existiam 116 unidades sanitárias que oferecem este tratamento.
Por outro lado, o TARV beneficiou a 46 mil pessoas até 2015. Este número foi subindo de ano para ano, contado a partir de 2012 em que foram tratadas apenas 16 mil pessoas vivendo com o HIV e Sida, na província de Tete.
Um único hospital tinha equipamento para fazer a contagem do CD4 e, actualmente, o número subiu para 18. Todos os distritos já contam com este tipo de equipamento.
Paralelamente, o número de pessoas testadas tem também estado a subir. Das cerca de 95 mil registadas como tendo sido testadas, em 2012, o número aumentou para 330 mil no ano passado, ora em balanço.
Os resultados positivos têm a grande mão da sociedade civil que desenvolve projectos que beneficiam a pessoas seropositivas em todos os 15 distritos da província de Tete.
A abrangência de todos os distritos foi possível graças ao Governo que tem financiado as iniciativas das comunidades apresentadas por associações ligadas à prevenção e combate ao HIV e Sida.