Técnicos devem ser capazes de identificar problemas e soluções: Nyusi
O Presidente da República, Filipe Nyusi, desafiou hoje as instituições do ensino técnico - profissional a formar técnicos capazes de identificar soluções práticas aos problemas que a nação moçambicana enfrenta.
Falando hoje, em Maputo, na abertura do XXVI encontro nacional de directores de escolas e institutos técnicos, evento que se prolongará até quarta-feira da semana em curso, o estadista moçambicano afirmou que técnicos com tais competências podem contribuir, sobremaneira, para o desenvolvimento de Moçambique.
As escolas técnicas devem fazer uma aposta verdadeira nesse sentido, formando técnicos capazes de diagnosticar as necessidades do país e criar soluções práticas, disse Nyusi.
Defendeu que tais soluções devem ser aplicadas seguindo as regras aprendidas durante a formação, como forma de, por outro lado, erradicar a dependência em relação a mão - de - obra externa.
Temos que formar pessoas que façam diferença na produção e não gente que crie dor de cabeça, afirmou.
Nyusi disse ainda ser necessário que as escolas formem estudantes que saibam pensar e não apenas reproduzir ideias dos outros. Devemos aproveitar essa vantagem comparativa para relançarmos a nossa economia e edificar as nossas bases para lograrmos o desenvolvimento sustentável, através da reorganização e potenciação da formação.
O presidente alertou contra o perigo que a corrupção representa na formação do homem.
Se os institutos praticarem a corrupção estarão a comprometer negativamente a juventude que, no futuro, vai dirigir o país. É grave formar deficiência, sublinhou Filipe Nyusi.
Ele disse que os directores de escolas técnicas e dos institutos são vistos como sendo vectores da mudança para o actual quadro de ensino profissional, assegurando uma formação de qualidade orientada para o mercado e capaz de promover o auto emprego e o empreendedorismo que respondam aos desafios do país.
É um facto que já se notam mudanças nas vossas instituições. Contudo, preocupam-nos ainda que algumas continuem a ministrar cursos técnicos e profissionais sem obedecer os requisitos exigidos para o efeito, referiu Filipe Nyusi.
Preocupa-nos ainda o facto de algumas instituições continuarem ineficientes, apesar de possuírem condições propícias para oferecerem serviços formativos de qualidade, acrescentou.
(AIM)