Técnicos de saúde formados em medicina tradicional chinesa

Para o efeito, encontram-se em Maputo 43 técnicos entre médicos pediatras, de clinica geral, reabilitação física e fisioterapia, idos de vários distritos de todas as províncias do país, que serão capacitados em matérias terapêuticas da medicina tradicional chinesa, com vista a melhorar a prestação de cuidados de saúde.
Este que é o segundo Curso de Formação e Cooperação em Medicina Tradicional Chinesa (MTC) 2017 insere-se na esfera da cooperação bilateral entre o Parque Industrial de Medicina Tradicional Chinesa Guangdong (Macau) e o Instituto de Medicina Tradicional (IMT) tutelado pelo MISAU, fruto do memorando de entendimento assinado em 2006.
Desde a primeira formação, havida no ano transacto e contemplou 15 técnicos de saúde, está a crescer o contributo das práticas da medicina chinesa que, juntamente com os médicos da medicina alternativa chinesa, coreana e vietnamita a trabalharem no terreno, observaram um total de 42 mil doentes utilizando suas técnicas. 
Aliás, as técnicas da medicina chinesa têm o mérito de possibilitar a redução do tempo de tratamento e melhoria dos doentes. Há casos de doentes que não conseguiam apanhar um sono tranquilo por causa das dores que sentiam no corpo, no músculo, até na coluna mas com estas técnicas sentem que estão a recuperar a capacidade. 
Existem igualmente outros pacientes no país que tinham dificuldade de segurar alguma coisa na mão, dados os problemas derivados de trombose, assim como outras questões de natureza neurológica, mas agora sentem melhorias na sua motilidade mercê do tratamento. 
O director nacional de Assistência Médica, Ussene Isse, que discursava na abertura do curso de formação, disse esperar que os conhecimentos a serem adquiridos sejam partilhados a nível do país nas unidades sanitárias, pois têm demonstrado resultados salutares para o tratamento de muitos problemas, e também o alívio de muitas doenças crónicas.
“As técnicas de medicina tradicional chinesa têm sido praticadas em algumas unidades sanitárias a nível do Serviço Nacional de Saúde, tanto por especialistas chineses, coreanos e vietnamitas, como por colegas formados no primeiro curso desta medicina”, disse Isse.
A fonte acrescentou que a formação vai dotar os beneficiários de conhecimentos na área da medicina chinesa com práticas simples, que vão ajudar a melhorar a intervenção no exercício da actividade que realizam, principalmente nos locais onde existe défice de material para uso na medicina física e reabilitação.
A expectativa do MISAU, segundo a fonte, é que a formação capacite os técnicos de modo que implementem os conhecimentos adquiridos nos serviços de saúde de forma segura, para aumentar maior cobertura do atendimento aos pacientes que procuram o tratamento nas áreas da neurologia, ortopedia, cirurgia e musculares.
(AIM)