Tarifas de transporte aguardam reajustamentos
O Ministro dos Transportes e Comunicações, Carlos Mesquita, confirma que a actual tarifa de transporte urbano em vigor nas cidades de Maputo e Matola vai sofrer um agravamento, uma vez reconhecido que os valores praticados estão abaixo dos custos reais da actividade.
As tarifas de transporte interurbano que variam de sete a nove meticais (0,10 e 0,13 cêntimos do dólar americano) há muito que são contestadas pelo operadores do transporte semicolectivo de passageiros (vulgo Chapas) que afirmam estar averbar prejuízos no exercício da actividade, na sequência da falta de actualização.
No entanto, Mesquita, que falava quinta-feira durante a cerimónia de assinatura de um memorando de entendimento, entre o governo e a Federação Moçambicana dos Transportadores Rodoviários (FEMATRO), em Maputo, disse haver reconhecimento de que as tarifas devem ser reajustadas, (urbano, interdistrital e interprovincial respectivamente).
Houve consenso sobre a base para este reajuste e o assunto vai ser remetido para as entidades competentes sobre a matéria, nomeadamente os conselhos municipais, os governos provinciais e o Ministério dos Transportes e Comunicações, conforme cada situação, explicou o ministro, apontando que as novas tarifas serão em função da realidade do país.
Sem adiantar os valores ainda em discussão, Mesquita afirmou que as novas tarifas não vão perder de vista o papel do Estado em relação aos grupos sociais mais desfavorecidos (doentes, portadores de deficiência) que precisam de continuar a ter apoio social.
Não restam dúvidas que este tipo de serviço é um serviço social em que o Estado tem de continuar com a sua comparticipação, mas também temos que ser justos quanto a preocupação de se ir buscar uma tarifa mais ajustada, sublinhou o ministro.
A FEMATRO conta actualmente com 8.825 associados que se dedicam ao serviço de transporte público nos centros urbanos do país.
(AIM)