Subiu para 446 o número de mortos em consequência do ciclone IDAI
Corpos são descobertos à medida que o nível das águas baixa.
À medida que o nível das águas baixa em Moçambique o número de mortos, após a passagem do ciclone Idai, aumenta.
O ministro do Ambiente de Moçambique, Celso Correia, anunciou este domingo, que pelo menos 446 pessoas perderam a vida nesta tragédia.
O último balanço, feito no sábado, apontava para 416 mortos, mas, tal como já era esperado, o número aumentou nas últimas horas.
O governante acrescentou ainda que cerca 531 mil pessoas foram afectadas pelo desastre. Contudo, de acordo com a UNICEF, há pelo menos 2 milhões de desalojados, entre as quais 900 mil crianças.
Com a quantidade de área inundada a reduzir, as organizações humanitárias esperam conseguir chegar a mais pessoas que precisam de ajuda e há já vários camiões carregados com produtos de primeira necessidade a caminho da cidade da Beira. Até agora, o transporte de mantimentos foi feito por via aérea.
De Portugal, depois do Estado ter enviado três aviões com elementos da GNR, INEM, bombeiros e Protecção Civil e ainda medicamentos, parte este domingo mais ajuda.
Um dos aviões comerciais fretados pelo Governo para ajudar a cidade da Beira vai regressar a Portugal com seis portugueses, quatro homens, uma mulher e um adolescente, que decidiram voltar ao nosso país perante a catástrofe que se vive em Moçambique.
As Nações Unidas alertaram, este sábado, que além do número de mortos estar a aumentar, o risco de epidemias é cada vez maior. Há já registo de pessoas com cólera e malária. Por isso, a ONU elevou o nível de emergência nos países afectados pelo Ciclone Idai.
Recorde-se que, o ciclone Idai atacou a cidade portuária da Beira, na semana passada, com ventos de até 170 km /h, chuvas intensas e correntes de lama que levaram à morte de centenas de pessoas e desalojaram milhares, quiçá, milhões de pessoas. (RM)