Imprensa

Subida da bacia de Limpopo afecta populações

08/02/2017 08:11
Subida da bacia de Limpopo afecta populações

O Governo alertou hoje para a subida do caudal do rio de Limpopo, na região Sul do país, onde há já registo de ocorrência de inundações e o abandono de pelo menos mil pessoas residentes nas zonas ribeirinhas.

“O aumento de caudal da bacia do Limpopo está a afectar as zonas ribeirinhas e a causar inundações”, afirmou hoje o Porta-voz do Governo, Mouzinho Saíde, no final de mais uma sessão do Conselho de Ministros.
Falando na ocasião, Saíde, que ocupa igualmente o cargo de Vice-ministro da Saúde, explicou que o número de vítimas causadas pelas chuvas e ventos fortes mantem-se em 47 mortes e 92.638 afectados. 
Segundo a fonte, um cenário idêntico relacionado às inundações registou-se na Bacia do Save, nas províncias de Inhambane, particularmente no distrito de Govuro, e Sofala, no distrito de Machanga. 
“O Governo, através do INGC (Instituto Nacional de Gestão de Calamidades), está a atenuar o sofrimento das pessoas afectadas pelos ventos extremos”, disse Saíde.
O Porta-voz revelou, na ocasião, que cerca de 130 famílias já foram retiradas das zonas de risco, depois da advertência do Presidente da República, Filipe Nyusi, no sentido de evacuar as populações que vivem em zonas propensas à inundações.
A Administração Regional das Águas do Sul (ARA-Sul) descreveu um cenário de constante subida do caudal devido às chuvas fortes que tem caído ma bacia hidrográfica do Limpopo.
Por outro lado, um boletim emitido pela Direcção Nacional de Recursos Hídricos (DNRH) revela que na província central de Sofala, o rio Púngoè permanece acima do nível de alerta de inundação na plantação de açúcar de Mafambisse, mas o nível do rio está caindo gradualmente.
No extremo sul, ainda não se registou um aumento significativo do nível do rio Umbeluzi, que fornece água potável para a Grande Área Metropolitana de Maputo. O reservatório da represa Pequenos Libombos no Umbeluzi está apenas 15,8 por cento cheio.
A barragem está liberando água à taxa de 1,5 metros cúbicos por segundo, quando, em circunstâncias normais, a descarga deve ser de pelo menos três metros cúbicos por segundo. 
A época chuvosa em Moçambique iniciou em Outubro do ano passado e se prolongará até Março do corrente ano. A actual época chuvosa foi antecedida por ventos fortes que já desalojaram milhares de famílias no país, tornando o corrente ano atípico devido aos efeitos combinados de ventos fortes e chuvas. 
Este cenário e as previsões do Instituto Nacional de Meteorologia (INAM), que apontam para a continuidade da ocorrência de chuvas durante o primeiro trimestre do ano em curso, período referente a segunda metade da época chuvosa, forçaram o governo moçambicano a activar o alerta laranja.
(AIM)