Sida fez 70 mil mortos em 2017
Pelo menos 70 mil pessoas de diversas faixas etárias morreram durante o ano passado no país, em consequência do HIV/SIDA.
Os dados foram revelados esta segunda-feira por Francisco Mbofana, director executivo do Conselho Nacional de Combate ao Sida (CNCS), num informe por ocasião da visita que o Primeiro-Ministro efectuou àquele órgão do qual é presidente.
As vítimas, segundo Mbofana, fazem parte de um total de dois milhões e cem mil pessoas que até ao final do ano passado viviam com o HIV, das quais 168.763 crianças dos 0 aos 14 anos, e pouco mais de 1.9 milhão, adultos com mais de 15 anos.
Entretanto, segundo a fonte, o número estimado de novas infecções por HIV reduziu em 15 por cento de 2014 a 2017, passando de 148.914 para 125.165 novos casos por ano.
Por outro lado, a proporção de unidades sanitárias fornecendo o tratamento anti-retroviral aumentou em 57 por cento, ou seja, de 753 em Dezembro de 2014, para 1.320 até finais de 2017.
Até Dezembro do ano passado pouco mais de 1.1 milhão de pessoas estavam em tratamento anti-retroviral contra 646.312 de Dezembro de 2014, representando um crescimento de 55,9 por cento. A cobertura de tratamento anti-retroviral é de 54 por cento, sendo 54 por cento nos adultos e 51 por cento nas crianças.
A taxa de cobertura da prevenção da transmissão vertical até Dezembro de 2017 foi de 87 por cento contra 81 por cento em 2014, um aumento de sete por cento.
Como desafios inseridos no quadro da resposta nacional de combate ao HIV e Sida, o CNCS prevê a descentralização da resposta à pandemia para os núcleos distritais, comunicação virada aos adolescentes e jovens para mudarem de comportamento, a prevenção da transmissão vertical, eliminação das barreiras estruturais e adesão e retenção nos cuidados e tratamento.