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Seca vai prevalecer apesar da previsão de chuvas no sul do País

25/01/2016 11:07
Seca vai prevalecer apesar da previsão de chuvas no sul do País

As chuvas previstas pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INAM), a partir do próximo dia 26 do corrente mês, para a região sul do país, não poderão inverter o cenário da seca que afecta esta região desde Agosto do ano passado, deixando milhares de pessoas em condições de insegurança alimentar.

A informação foi avançada durante o Conselho Técnico de Gestão de Calamidades (CTGC) que esteve reunido esta sexta-feira em sessão ordinária, em Maputo, para analisar os cenários meteorológico e hidrológico prevalecentes na presente época chuvosa e ciclónica 2015/2016, bem como as previsões hidro - meteorológicas para os próximos dias.
“A partir do dia 26 vamos ter alguma chuva significativa para a província de Gaza, Inhambane (Sul) e também para as províncias de Sofala e Manica (Centro). Nestas regiões, estamos a prever uma precipitação acima de 50 milímetros em 24 horas”, disse a jornalistas Acácio Tembe, meteorologista do INAM.
Contudo, a fonte garantiu que “esta chuva só poderá ajudar a população a capitalizar a água para o gado e para o consumo, mas em termos de produção alimentar a época já havia atrasado e 50 milímetros de precipitação não são suficientes para as necessidades agrícolas e não poderão inverter este cenário (seca).”
Na ocasião, Tembe avançou que as províncias de Tete, a norte do país, e Zambézia, no centro, serão afectadas por chuvas que vão atingir 75 milímetros, em 24 horas, a partir do dia 17 do próximo mês.
“Nessa região, conforme sabem, apesar de nesses últimos dias termos alguma calmia, está a chover em quantidades mais baixas nos níveis de 20 a 30 milímetros por 24 horas”. Contudo, a partir do dia 17, acrescenta a fonte, “vamos ter chuvas intensas”.
Para a província de Maputo, sul do país, registar-se-ão chuvas abaixo de 50 milímetros.
Moçambique está entre chuvas e seca. Enquanto no sul do país cerca de 166.936 pessoas estão em insegurança alimentar, no norte do país, milhares de pessoas já foram afectadas pelas cheias com o registo de pelo menos 30 mortes vítimas de descargas atmosféricas.