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SADC quer melhorar eficiência energética

20/10/2017 10:17
SADC quer melhorar eficiência energética

O vice-ministro moçambicano dos Recursos Minerais e Energia, Augusto Fernando, diz que a garantia da eficiência energética no seio da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) transcende as fronteiras individuais dos países que integram esta organização regional, razão pela qual urge uma resposta coordenada.

Falando hoje na abertura de um seminário sobre o programa de eficiência energética na indústria dos países da SADC, um evento que decorre em Maputo, Fernando, disse ser inquestionável a importância da energia no processo de desenvolvimento mas que será determinante a forma como ela é produzida e consumida.

A comunidade regional, segundo Augusto Fernando, precisa de estimular a capacidade de utilização de menos energia para igual rendimento nos diversos fins energéticos com destaque para a indústria transformadora, iluminação, aquecimento, transporte e demais actividade económicas.
Face a enorme procura de energia e o défice que actualmente se verifica o governo de Moçambique está a implementar políticas também no sector doméstico com vista a garantir o consumo eficiente de energia das quais consta a substituição das lâmpadas incandescentes pelas de baixo custo”, explicou.
As lâmpadas de baixo custo segundo o vice-ministro, necessitam apenas 20 por cento da energia consumida pela lâmpada incandescente para produzir a mesma quantidade de luz. 
Um estudo detalhado, realizado em Moçambique, mostra que a substituição de três milhões de lâmpadas incandescentes pelas de baixo custo permitiria uma poupança de 107 MW, ou seja, por outras palavras estar-se-ia perante uma central virtual de 107 MW.
A fonte defendeu a redução do custo de energia ao consumidor através do uso de tecnologias e equipamentos que oferecem maior eficiência e menor desperdício nos sectores industrial, residencial, comercial, de transportes, construção civil, além de máquinas e equipamentos de iluminação.
Na ocasião, Augusto Fernando, anotou que em Moçambique a indústria consome entre 35 a 40 por cento da energia que é gerada e a remanescente é usada para o consumo doméstico.
“Na área de crescimento apenas 30 por cento da população tem acesso a energia o que significa que temos 70 por cento de território nacional por electrificar”, disse o governante.
Na prossecução do objectivo de electrificação, segundo o ministro, Moçambique tem vindo a implementar acções visando diversificar as fontes de geração de energia usando fontes renováveis e o gás tendo em conta que há cerca de 10 anos toda a energia consumida era de base hídrica.
Segundo Augusto Fernando, cerca de 90 por cento do gás produzido no país é exportado e apenas 10 por cento é consumido internamente. 
“Para garantir a eficiência energética temos que ter mais energia para o consumo doméstico e para a industrialização”, afirmou o governante.
Na ocasião, Fernando apontou que em Moçambique estão a surgir consumidores industriais de energia tais como a fundição de alumínio MOZAL, Areis Pesadas de Moma e o projecto de areias pesadas de Chibuto cuja exploração vem sendo adiada há anos.
O encontro, de dois dias, decorre sob o lema “Promover a Eficiência Energética Para Uma Industrialização Sustentável na SADC”.
(AIM)