"Reformas do CS vão garantir a relevância das NU" – PR
O Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, disse, durante a sua intervenção no debate da 73ª Sessão da Assembleia-Geral (AG) das Nações Unidas, que as reformas do Conselho de Segurança das Nações Unidas vão garantir a relevância da própria Organização para todos os povos.
Para o Chefe do Estado para além das reformas das próprias Nações Unidas, é preciso acelerar a do Conselho de Segurança para poder ter capacidade de enfrentar os desafios da paz e desenvolvimento que o mundo enfrenta actualmente.
“Um mundo desigual e fracturado precisa do multilateralimo para superar as suas lacunas, as Nações Unidas são um forum mãe para o dialogo multilateral, e os avanços alcançados até agora são provas inequívocas de que a partilha de responsabilidades é um imperativo global, e um vector essencial para a edificação de um mundo pacífico justo e harmonioso”, afirmou o estadista.
O Presidente Nyusi assegurou que Moçambique reconhece o papel das Nações Unidas na promoção do diálogo e defesa do princípio da resolução pacífica dos conflitos que continuam a afectar povos e nações, e estão na origem da violação dos direitos humanos e do travão ao desenvolvimento sustentável e inclusivo,
O Chefe do Estado aproveitou a ocasião para homenagear Koffi Annan e Nelson Mandela pela sua contribuição para o bem das Nações Unidas, afirmando que são duas figuras que devem inspirar a todos na luta colectiva por um mundo melhor, rumo ao bem-estar dos povos
Apontou como grandes desafios que o mundo enfrenta as mudanças climáticas, a proliferação de armas nucleares, emigração, a questão do respeito pelos direitos humanos e boa governação, a necessidade da prevalência da resolução pacífica dos conflitos, assim como o financiamento ao desenvolvimento.
O Chefe do Estado garantiu que Moçambique associa-se aos Estados presentes nas Nações Unidas no apelo para a normalização das relações entre Cuba e EUA, assim como para a pacificação da península coreana, assim como na exigência do direito à autodeterminação dos povos palestino e do Sahara Ocidental.
Aludiu ao diálogo nacional, afirmando que o mesmo já tem resultados palpáveis e encorajadores, como a paz, a convivência pacífica e contribuem para a retoma da economia.
“Há mais de dois anos que o país vive a paz, graças ao empenho de todos os moçambicanos. Em Julho deste ano aprovamos a emenda pontual da Constituição da República, e também procedemos à revisão da Lei Eleitoral, introduzindo novos modelos de descentralização. Estes passos constituem um marco histórico no processo do diálogo nacional para a pacificação do país”, apontou o Presidente Nyusi.
O Chefe do Estado comunicou que está em curso o processo do desarmamento, desmobilização e reintegração dos elementos residuais da Renamo, e a 10 de Outubro haverá eleições municipais, e nos finais do próximo ano haverá eleições gerais num novo modelo, que são frutos inequívocos do reforço da democracia.
“Agradecemos o apoio e o carinho da comunidade internacional, e apelamos para que mais assistência seja dada para o processo do desarmamento, desmobilização e reintegração dos homens da Renamo, pois o povo moçambicano está determinado e quer viver em paz”, disse o Presidente da República.
(PR)