Reconciliação nas FADM é grande victória dos moçambicanos
O Presidente Filipe Nyusi disse hoje, em Maputo, que a reconciliação no seio das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) é uma das grandes vitórias conseguidas pelos moçambicanos.
Segundo Nyusi, que é igualmente Comandante-Chefe das Forças de Defesa e Segurança, esta reconciliação que junta oficiais de frentes opostas deve continuar a inspirar as Forças de Defesa e Segurança (FDS).
A reconciliação no seio das FADM é uma das grandes vitórias conseguidas pelos moçambicanos. Esta reconciliação, que hoje junta oficiais que ontem estiveram em frentes opostas, deve continuar a inspirar os valores de inclusão e de profissionalismo no seio da família das Forças de Defesa e Segurança, afirmou Nyusi, momentos após ter orientado a cerimónia de patenteamento, cessação e tomada de posse de oficiais das FADM e da Policia.
Com efeito, Nyusi patenteou e empossou vários oficiais, incluindo Messias André Niposso, da Renamo, que recebeu a patente de Major-General por ter sido confiado o cargo de Comandante do ramo da Força Aérea. Homens armados da Renamo têm perpetrado ataques a pessoas e destruição de bens pertencentes a civis, principalmente na região centro do país.
Antes desta nova patente e cargo, Niposso era Brigadeiro e vice comandante do Serviço Cívico.
Na mesma cerimónia, ocorrida em pleno Estado Maior General das FADM, Nyusi patenteou e empossou Lázaro Menete, a Major-General e Comandante do Exército. Ele substitui, no cargo, a Eugénio Ussene Mussa, que agora passou a comandante do Serviço Cívico. Antes, Menete era comandante da Marinha de Guerra.
O agora Contra Almirante Eugénio Dias da Silva Muatuca foi empossado no cargo de Comandante do Ramo da Marinha de Guerra, e o Brigadeiro Francisco Zacarias Mataruca no de vice - Comandante do Instituto Superior de Estudos de Defesa Tenente-General Armando Emílio Guebuza.
Na mesma cerimónia, Nyusi promoveu a adjuntos comissários da Policia cinco membros da PRM, nomeadamente Aquilace Manda, Bernardo Chicoco, Ernesto Guambe, Julio Bonissela e Zito Maconha.
Mais adiante, Nyusi disse que o governo está consciente de que o soar das armas não é o caminho certo para a busca da Paz.
Estamos igualmente claros que as incursões com recurso a armas não devem servir de mecanismo para forçar o Governo a consensos inconstitucionais que ferem os princípios democráticos, sublinhou o Comandante Chefe das FDS.
Segundo ele, o povo não pode ser feito refém para se alcançar o poder e nem os países vizinhos não devem ganhar o ódio contra os moçambicanos porque um grupo localizado ataca os seus bens quando transitam por Moçambique.
Estamos num Estado democrático e de direito, por isso, não devemos abrir espaço para uma convivência dualista, por um lado partidos civis e por outro lado partidos armados, indicou Nyusi, prometendo que o governo continuará na busca incessante de tranquilidade completa, numa base de diálogo permanente e produtivo, única via para o desenvolvimento e convivência harmoniosa entre os moçambicanos.
O Estadista moçambicano reiterou o convite a Renamo e ao seu líder para um diálogo profícuo e ao convívio democrático.
Segundo Nyusi, a nossa geração recebeu um legado de grande responsabilidade consubstanciado na: Independência Nacional, que é o ponto de partida de todo o nosso percurso como povo e como Nação; Unidade Nacional, condição para a construção de um Moçambique democrático, unitário e próspero; e Paz, condição primária para a estabilidade política, desenvolvimento económico, harmonia e equidade social.
Este desiderato, segundo o Presidente, não tem como ser materializado e consolidado sem as Forças de Defesa e Segurança proactivas e esclarecidas das suas missões constitucionais.(AIM)