Ramaphosa quer paz e prosperidade na SADC
O Precidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, revelou que o seu principal objectivo durante a sua presidência da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) é assegurar que haja paz e prosperidade na região.
Discursando durante o almoço oferecido pelo Chefe do Estado moçambicano, Filipe Nyusi, por ocasião da sua visita de um dia ao país, no último sábado, na qualidade de presidente da organização regional, Ramaphosa vincou que só com paz é que se pode almejar o desenvolvimento das nações.
“O nosso objectivo é assegurar que haja paz e prosperidade na nossa região e também entre as nossas duas nações. Como presidente da SADC, o meu próprio objectivo é assegurar que a região onde todos vivemos se torne uma região de paz e prosperidade e que vejamos os avanços dos interesses das pessoas na África austral”, Afirmou.
A região da SADC viveu nos últimos tempos alguns momentos de tensão, nomeadamente a instabilidade no reino do Lesotho, as mudanças de Governo na África do Sul e no Zimbabwe, e a crise político-militar em Moçambique, eventos que Ramaphosa quer ver pertencerem ao passado para que esta parte do continente foque as suas energias nas questões do desenvolvimento das suas economias para melhorar as condições de vida das suas populações.
No tocante ao que apelidou de peregrinação pela SADC, um mês após ter ascendido à presidência da África do Sul e por via disso do bloco regional, Ramaphosa disse que os interesses económicos que os dois países têm são extremamente importantes e encontraram expressão nas conversações tete-a-tete que manteve com o Presidente Nyusi e também entre os ministros de ambas nações.
O estadista sul-africano frisou que que o número de assuntos abordados entre as duas delegações mostra que existem muitas questões que podem levar ambos países à prosperidade a nível económico, tendo destacado que a III Comissão Binacional entre os dois países, a ter lugar proximamente na África do Sul, é uma plataforma muito forte que permitirá um engajamento de forma significativa para se avançar os interesses dos dois países.
“O encontro será uma oportunidade para se estender o que foi estabelecido no Memorando de Entendimento sobre questões económicas e comerciais entre a África do Sul e Moçambique”, disse.
Por seu turno, o Presidente Nyusi disse esperar, com a governação de Ramaphosa, elevar o patamar da cooperação e colher mais benefícios para o progresso e bem-estar dos dois países e povos. O Governo estabeleceu como prioridade a maximização das vantagens comparativas para promover a competitividade das duas economias no contexto bilateral e da integração regional.
“As trocas comerciais entre os nossos dois países têm uma contribuição no crescimento e desenvolvimento das nossas economias, assim, sentimos que há necessidade de maximizar as nossas vantagens comparativas para que consigamos efectivamente promover competitividade das nossas economias”, frisou, tendo acrescentado que é neste contexto que “gostaríamos de ver implementado o uso das nossas ferrovias conhecidas que são as suas múltiplas vantagens no transporte de mercadorias.”
Por isso, segundo Filipe Nyusi, Moçambique coloca a tónica na necessidade de continuidade da implementação célere dos instrumentos de cooperação existentes e dos que em função dos interesses das partes possam vir a ser criados e, para o efeito, recomenda o pragmatismo e dinamismo nos sectores visados para que sempre os dois países colham benefícios dessa cooperação.
Por ter a consciência de complementaridade das duas economias, que já deram frutos incomensuráveis aos dois países, Nyusi reiterou a abertura e disponibilidade para continuar a trabalhar com o Governo da África do Sul em prol de consolidação das vitórias e longínquas relações de amizade e cooperação bilateral.