Produzir mais para viabilizar projectos de desenvolvimento

Nyusi falava durante um comício popular que esta Quinta-feira orientou no posto administrativo de Ntamba, naquele distrito da zona norte de Cabo Delgado, no primeiro dos três dias da visita presidencial à esta parcela do país.
O Chefe do Estado moçambicano respondia, assim, a algumas preocupações apresentadas pela população, entre as quais a falta de uma unidade de processamento da castanha de caju, não obstante Nangade ser um dos maiores produtores.
Outras preocupações incidiram, sobretudo, na necessidade de expansão da rede nacional de energia eléctrica, bem como das redes escolar e sanitária. Aliás, neste último caso, a população queixou-se da falta de medicamentos no centro de saúde local e alegado mau entendimento.
Na sequência destes e outros pedidos da população, o Presidente da República recordou que aquando da campanha eleitoral referente a eleições gerais de 2014 prometera em tudo fazer em prol de desenvolvimento do país, ora plasmado no Plano Quinquenal do Governo, cuja execução está em curso.
Contudo, segundo Nyusi, os primeiros dois anos do ciclo governativo, o pais foi assolado por uma serie de constrangimentos, exemplo da seca e estiagem em algumas regiões e cheias noutras, “uma situação agravada pela instabilidade política”.
“Isto afectou a capacidade produtiva e, consequentemente, a redução de recursos financeiros necessários para o investimento”, anotou.
Mas, com a tendência de normalização da situação, segundo Nyusi, nota-se uma melhoria nos índices de produção, incluindo nesta província.
“Cabo Delgado regista uma maior produção do que nos últimos cinco anos. Este ano não haverá fome”, afirmou Nyusi, encorajando a população a incrementar, cada vez mais, a produção, tanto alimentar quanto de rendimento, para que se consiga recursos para investir em infra-estruturas socio-económicas de que necessita para o bem-estar social.
“Com mais produção haverá mais recursos, que deverão ser aplicados em projectos de desenvolvimento, para o bem-estar dos moçambicanos”, defendeu Nyusi.
No comício, a população pediu o estabelecimento de uma instituição bancária e a reabertura da fabrica de processamento da castanha de caju.
Convidado a usar da palavra, o representante de uma instituição bancaria, Banco Comercial e de Investimentos (BCI), anunciou o lançamento da primeira pedra para a construção de uma agência na sede distrital de Nangade, cuja construção devera levar três meses.
Um empresário do ramo de processamento da castanha de caju prometeu a reabertura da actividade caso as condições assim favoreçam.
Após o comício, o estadista moçambicano deslocou-se `a sede do distrito para inaugurar um Sistema de Abastecimento de Agua e, posteriormente, orientar a sessão extraordinária do governo provincial.
Depois de Nangade e no prosseguimento da sua visita presidencial, Nyusi, cujo ponto de entrada na província de Cabo Delgado foi a vila municipal de Mocímboa da Praia, escalará, sucessivamente, os distritos de Ancuabe, Macomia e Montepuez.
Em Ancuabe, onde o Presidente da República trabalhará esta sexta-feira, está agendado um comício popular e visita a uma exposição Agro-Pecuária, eventos que terão lugar no posto administrativo de Meza. Na tarde do mesmo dia, Nyusi escala o posto administrativo de Pangane, no distrito de Macomia, onde orientará, igualmente, um comício popular e visitará o Mercado de Peixe.
No sábado, ultimo dia da sua visita, o Chefe de Estado moçambicano trabalha no distrito de Montepuez, posto administrativo de Nhamanhumbir, estando previsto um outro comício, inauguração da Planta de Processamento de Pedras Preciosas e a sessão extraordinária do governo provincial destinada ao balanço da visita, antes da conferência de imprensa que marcará fim do programa nesta Província.
(AIM)