Procuradora-geral da República volta ao Parlamento para responder questões dos deputados
A Procuradora-geral da República, Beatriz Buchili, volta hoje ao Parlamento para responder as questões dos deputados em torno do seu informe anual sobre o estado da justiça no país.
Ontem, Beatriz Buchili, disse que a Procuradoria-geral da República (PGR) tem estado a enfrentar dificuldades para o esclarecimento dos processos das dívidas não-declaradas, devido a morosidade dos países e instituições envolvidos na contratação das dívidas, na prestação de informação solicitadas pelo Ministério Público.
No seu informe, apontou, os Emirados Árabes Unidos e os Estados Unidos da América, como estando entre os países que não estão a colaborar com a justiça moçambicana.
Na radiografia do estado geral da justiça moçambicana, Beatriz Buchili destacou o aumento de processos crimes de sessenta mil e quinhentos em 2017 para sessenta e um mil seiscentos e cinco em 2018.
No que cinge aos homicídios voluntários, a Chefe da magistratura, notou a redução em cento e trinta e cinco casos, passando de 1.456 em 2017 para 1.321 em 2018.
Os processos de crimes financeiros e branqueamento de capitais registaram em 2018 um ligeiro aumento. Números altos são, igualmente, apontados nos ilícitos eleitorais durante as quintas eleições autárquicas do ano passado.
Apesar da redução do número de processos movimentados em 2018, a Procuradora-geral da República diz que o desempenho do sector foi de 88.6% nos cerca de noventa e oito mil setecentos e cinquenta processos movimentados.
Entretanto, as bancadas parlamentares divergem quanto a objectividade do informe da Procuradora-geral, sobretudo no que refere aos casos de corrupção, mais concretamente as dívidas não-declaradas. (RM)