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Primeiro-ministro exige mais acção de prevenção

17/07/2018 08:56
Primeiro-ministro exige mais acção de prevenção

Moçambique deve intensificar a resposta nacional à pandemia do HIV/SIDA, particularmente na componente de prevenção, cuja intensidade reduziu nos últimos anos, segundo atestam os resultados do Inquérito de Indicadores de Imunização, Malária e HIV/SIDA em Moçambique (IMASIDA 2015).

Na sua qualidade de coordenador de todas actividades de combate à doença, o Conselho Nacional de Combate ao HIV/SIDA (CNCS) recebeu, ontem, instruções do Primeiro-ministro, Carlos Agostinho do Rosário, para concentrar atenções na componente de prevenção, nomeadamente em acções que conduzam à mudança de comportamento, tendo em atenção os elevados índices de prevalência que o país continua a registar.

Carlos Agostinho do Rosário esteve ontem no CNCS, na qualidade de presidente do órgão, numa visita que tinha como objectivo monitorar a implementação do Plano Estratégico de Combate ao HIV/SIDA.

A Ministra da Saúde, Nazira Abdula, que falou a jornalistas no final da visita, explicou que já estão claramente identificadas as áreas de intervenção para responder à recomendação do Primeiro-ministro, lembrando que um dos objectivos é induzir a mudança de comportamento dos cidadãos em relação à doença.

Segundo dados divulgados pelo CNCS, só no ano passado, dois milhões e cem mil pessoas viviam com o HIV, dos quais 168.763 são crianças dos 0 aos 14 anos, e pouco mais de 1.9 milhão, adultos com mais de 15 anos.

O informe apresentado ontem por ocasião da visita do Primeiro-ministro indica ainda que, em 2017, ocorreram 356 novas infecções por dia, totalizando cerca de 130 mil novas contaminações.

A prevalência do HIV em Moçambique é de 13,2 por cento, na população adulta dos 15 aos 49 anos, sendo maior entre as mulheres (15,4 por cento), contra 10,1 por cento nos homens da mesma faixa etária. Em algumas partes do país, cerca de um quarto dos adultos estão infectados pela doença.

Tete continua sendo a província com a menor elevada taxa de prevalência do HIV (5,2 por cento) e Gaza a que tem a maior taxa (24,4 por cento). Em todas as províncias, com excepção de Nampula, a prevalência é maior nas mulheres.

Intervindo na ocasião, Carlos Agostinho do Rosário explicou que, uma vez que a governação centra-se no Homem, este precisa de ter as condições de saúde necessárias para melhor desempenhar as suas funções.