Previsão aponta para escassez de chuvas até Março de 2016

Esta constatação é resultante de uma actualização de previsão feita hoje pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INAM), que indica que nos primeiros três meses de 2016 o país irá registar chuvas normais para acima do normal, para toda a zona norte e o norte da província central da Zambézia.
Segundo a mesma previsão, toda a parte centro e sul da Zambézia, Tete, Sofala e Manica (na região Centro), Inhambane, Gaza e Maputo (Sul), haverá chuvas normais, mas com uma grande tendência para abaixo do normal.
“Estamos a prever algum excesso de chuva e, se isso se concretizar, podemos ter alguma subida de níveis dos rios da região norte do país e o rio Licungo (centro e norte), mas isso vai depender de como a chuva vai se distribuir”, explicou Acácio Tembe, do INAM, acrescentado que “se esta cair num período muito curto, podemos ter uma situação de cheias, mas, se a distribuição da precipitação no período em análise for homogénea, podemos ter uma situação de chuvas com uma grande normalidade”.
Tembe referia-se, assim, ao facto de a previsão ser para três meses, mas que a chuva prevista para este período pode ocorrer num espaço temporal muito curto, de três ou quatro dias, causando cheias. Isto aconteceu em 2014, quando se registou cerca de 600 milímetros de precipitação num período relativamente curto, o que resultou em cheias no rio Licungo.
O meteorologista do INAM falava hoje, em Maputo, no final de mais uma sessão do Conselho Técnico de Gestão de Calamidades.
Neste encontro, foi também analisado o período de Outubro a Dezembro, constatando-se que nos dois primeiros meses o país registou escassez de chuva. Em Dezembro houve algum incremento de chuva, principalmente para Inhambane, Sofala e Manica, bem como na zona norte do país.
Segundo Tembe, o INAM havia previsto, em Setembro último, uma probabilidade de precipitação de 35 por cento normal e 25 por cento abaixo do normal. Mas esta actualização já mostra haver 30 por cento para normal e aumenta a probabilidade para abaixo do normal.
Esta actualização aponta para existência de uma grande probabilidade de ser abaixo do normal do que para o normal, enquanto na região norte do país mantém-se a situação das previsões que são de chuvas normais com tendência para acima do normal.
“Estou a falar de 35 por cento para normal e 40 por cento para acima do normal”, disse.