Presidente da República inaugura Estrada na província de Niassa

Discursando perante a população que se fez presente em massa no local, apelou para que a rodovia seja explorada como rota de desenvolvimento e não como corredor de morte, em razão da imprudência dos automobilistas e peões.

Na ocasião, explicou que as vias de acesso fazem a espinha dorsal da economia de um país e contribuem para melhoria da qualidade de serviços sociais básicos prestados à população, com destaque para a saúde, já que facilita a assistência necessária para salvar vidas em risco. Também contribui para a redução do custo de vários produtos procurados pelas comunidades, alguns dos quais como necessidade primária.

A visão estratégica do Governo para a área de transportes preconiza um sistema de transporte integrado, o que pressupõe a existência de uma rede funcional de infra-estruturas rodoviárias, ferroviárias, marítimas, aéreas e fluviais, que se interliguem e se complementem e constituam um mecanismo fiável de transporte de pessoas e bens.

Além de permitirem um sistema de transporte flexível, eficiente e rápido, as estradas têm o condão de acelerar o desenvolvimento económico das comunidades rurais, por atraírem o desenvolvimento através do surgimento de diversos serviços.

Devido à dispersão geográfica das actividades económicas bem como o tipo de produtos explorados, as estradas promovem a união entre os produtores e os consumidores, contribuindo para a mitigação dos desequilíbrios sociais e económicos.

Ainda de acordo com o Chefe do Estado, no contexto da indústria as estradas asseguram o fluxo de matérias-primas e o escoamento da produção final para os circuitos de comercialização, com a rapidez que o mercado impõe para que os produtos cheguem baratos ao consumidor.

Citando estudos do sector, Filipe Nyusi explicou aos presentes que uma estrada degradada pode representar um aumento até 58 por cento de consumo normal de combustíveis; cerca de 38 por cento de gastos com a manutenção do veículo; 50 por cento de probabilidade de ocorrência de acidentes e até cem por cento no tempo consumido na viagem.

Nos troços Lichinga-Massangulo e Massangulo-Muita, com cerca de 172 quilómetros, fazem parte da estrada Lichinga-Cuamba, que integra o Corredor de Nacala.

Sobre os acidentes rodoviários Filipe Nyusi, que ainda ontem pegou o volante da sua viatura protocolar para uma curta deslocação, referiu-se especialmente à estrada Lichinga-Massangulo, que apresenta zonas com curvas acentuadas que os automobilistas devem respeitar, tendo explicado que a sua existência não é uma acção deliberada, mas sim resultado do próprio relevo que o empreiteiro incumbido para a sua reabilitação não teve argumentos para evitar.

No mesmo dia o Presidente da República procedeu à inauguração do edifício da Direcção Provincial de Educação e Desenvolvimento Humano em Lichinga, Niassa, e à entrega de 40 mil carteiras escolares ao sector. (PR)