Praga da lagarta do funil do milho destrói culturas em Tete
A praga da lagarta do funil do milho está a destruir vastas áreas de culturas diversas em vários distritos de Tete, no Norte de Moçambique, anunciou hoje o director provincial da Agricultura e Segurança Alimentar, José Pereira Mendonça.
Dados fornecidos pelo responsável apontam para uma área de 1.270 hectares de culturas que já foram perdidas naquela província, com destaque para o milho, mapira, mexoeira e hortícolas de cerca de 3.500 famílias camponesas.
A praga da lagarta do funil do milho foi detectada nos distritos de Cahora Bassa, Changara, Marara, Dôa, Moatize, Chifunde, Chiúta, Mágoè e na cintura verde da cidade de Tete, capital provincial. A situação preocupa sobremaneira os camponeses, porque poderá comprometer a produção da presente campanha agrícola.
“Reconhecemos que a situação é preocupante, porque os camponeses estão a perder as suas culturas. Para travarmos a propagação da praga alocamos pesticidas para pulverização com a ajuda dos extensionistas que assistem os produtores”, explicou Mendonça.
“As medidas estão a ser tomadas para que os esforços dos camponeses não sejam um fracasso, pois queremos que haja mais produção e produtividade”, disse o director provincial da Agricultura e Segurança Alimentar.
O mesmo referiu que o seu sector também está preocupado com a irregularidade da queda de chuvas nos distritos localizados na zona Sul da província de Tete. Segundo Mendonça, esta situação afecta os distritos de Mágoè, Cahora Bassa, Changara, Marara, Dôa, Moatize, Chifunde e também a cidade de Tete.
“As culturas estão a murchar por falta de chuvas. Esta é outra situação que também poderá afectar a produção agrária, em Tete”, adiantou. “Estamos preocupados porque os camponeses dependem na sua maioria das chuvas. Para que não haja bolsas de fome, disseminamos mensagens advertindo para evitarem vender os seus excedentes”.
Segundo o director provincial, apesar da combinação adversa da escassez de chuvas com a praga de lagarta do funil do milho, o seu sector deposita esperança nos distritos de Mutarara, Tsangano, Angónia, Macanga e Zumbo, onde a chuva continua a cair regularmente.