PR empossa nova ministra dos Recursos Minerais e Energia

Klemens foi nomeada segunda-feira através de um despacho presidencial, para preencher a pasta deixada por Pedro Couto.
Couto, que durante 20 meses assumiu as funções de titular da pasta de recursos minerais e energia, está agora a exercer o cargo de presidente do Conselho de Administração (PCA) da Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB).
Discursando no acto de investidura, Nyusi disse que o desafio fundamental está em conduzir os processos visando conseguir que o vasto potencial de riquezas existente seja explorado de maneira racional, com retornos positivos e trazendo vantagens para o povo moçambicano, tanto para as gerações presentes quanto as vindouras. 
Segundo o presidente, a exploração deve ocorrer com estrito respeito pelas regras ambientais assegurando a sustentabilidade, porquanto a gestão do sector de recursos minerais e energia implica o desenvolvimento de actividade sistemática no aperfeiçoamento do quadro legal e institucional, adequando-o ao desenvolvimento do sector como um todo.
“Por isso, na sua nova missão de dirigir, esperamos que assegure a execução da política do governo na investigação geológica, exploração de recursos minerais e energéticos assim como no desenvolvimento e expansão de infra-estruturas de fornecimento de energia eléctrica, gás natural e produtos petrolíferos”, destacou o Chefe de Estado.
Nyusi disse ser preciso promover a modernização do sector, mais ligações de energia a custos que promovam a agricultura, a indústria, entre outras áreas de elevado interesse no desenvolvimento do país. 
A matriz da governação, assente na diversificação económica, reconhece que a energia e a indústria extractiva, seja ela do sector do carvão, hidrocarbonetos ou outro podem dar uma contribuição assinalável no relacionamento económico que o seu executivo está empenhado em fazer acontecer.
Na sua nova tarefa, segundo Nyusi Klemens deve pautar pela abertura permanente aos utentes dos serviços, escutando as contribuições e fazer delas a oportunidade para a melhoria da qualidade de serviços prestados. 
“Temos a consciência que o sector é bastante pressionado e não conseguirá agradar a todos, mas procure sempre e sempre satisfazer os interesses do povo. Este é que é o objectivo central e é a principal meta”, disse o estadista.
O Ministério de Recursos Minerais e Energia (MIREME), segundo Nyusi, congrega áreas vitais, vastas e complexas, desde o domínio dos hidrocarbonetos incluindo gás e petróleo com actividades a “upstream” e “downstream”, o domínio de outros minerais incluindo um espectro diversificado de minerais.
Nesse espectro, o estadista moçambicano apontou, a título de exemplo, o carvão; as grafites passando pelo ouro, diamantes, gemas, ferro e materiais de construção, o domínio de produção da energia eléctrica associado as chamadas energias novas e renováveis.
“A actividade neste domínio desenvolve-se através do envolvimento e participação de variados e múltiplos actores, quer públicos como privados, impulsionando e operando as unidades de escala diversa do micro às mega unidades”, explicou o presidente. 
Para a gestão destes processos, Nyusi disse que existe um desenvolvimento institucional e experiencia de trabalho a nível do MIREME e todas as actividades do sector devem ser desenvolvidas com base na transparência, ética, respeito pelas leis e normas vigentes.
Até a sua nomeação, Letícia da Silva Klemens desempenhava as funções de Presidente da Mesa da Assembleia Geral do Millennium (BIM) e de Presidente da Associação das Mulheres Empresárias e Empreendedoras Moçambicanas (FEMME).
A cerimónia contou com a presença de membros do governo, quadros da Presidência da República.