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PR e pacificação do país: não podemos viver de tréguas

01/09/2017 12:06
PR e pacificação do país: não podemos viver de tréguas

Presidente da República defende que o país não deve continuar a viver de tréguas mas sim desfrutar de uma paz efectiva.

Na interacção com a população da Maganja da Costa, província da Zambézia, onde se encontra desde ontem em visita de trabalho, Filipe Nyusi disse que a sua deslocação à Serra da Gorongosa, para se encontrar com o líder da Renamo, não dever ser interpretada como “obra de coragem”, mas sim como uma necessidade urgente com vista a relançar a paz e propiciar a normalização da vida dos moçambicanos.

Reagindo às várias mensagens e intervenções feitas durante o comício popular na vila da Maganja da Costa, o Chefe do Estado explicou que o Governo que dirige está comprometido com a paz, pressuposto-chave para a promoção do desenvolvimento do país em todas dimensões.

Para Filipe Nyusi, as pessoas que promovem o conflito estão na sociedade e para alcançar consensos e acomodar preocupações deve-se apostar no diálogo. Explicou que dialogar é saber ouvir a outra parte e, “muitas vezes, nem sempre aquilo que pensamos é o mais correcto, por isso, quando o diálogo flui há mais possibilidades de desfazer eventuais divergências.”

Advertiu que neste momento não se pode falar de paz efectiva porque há ainda muitas questões por resolver em sede das comissões criadas para discutir vários aspectos relacionados com a descentralização e assuntos militares.

“Não podemos viver de tréguas. A paz deve ser efectiva”, disse Filipe Nyusi para quem os cidadãos devem esperar pela paz efectiva e neste momento o diálogo tem vindo a evoluir para que esse objectivo seja alcançado.

Ainda de acordo com o Chefe do Estado, a paz também significa boas práticas de governação, combate à corrupção e ao roubo, pressupostos que ajudam os cidadãos a viverem tranquilos com vista a envolverem-se na produção em vários domínios. Segundo Nyusi, o povo tem um papel crucial para a busca e manutenção da paz, promovendo entre si a tolerância e reconciliação.

Os cidadãos que usaram da palavra no comício aplaudiram os esforços do Presidente da República na busca da paz. Também solicitaram que o Chefe do Estado interceda com vista à solução de preocupações como a instalação de uma nova agência bancária ou aumento do número de caixas de pagamento automático (ATM) e a reabilitação do sistema de água que se encontra obsoleto há vários anos.

Em jeito de resposta a estas e outras preocupações, Filipe Nyusi disse que o executivo está a mobilizar recursos financeiros não só para reabilitar o sistema de água como também as estradas destruídas durante os desastres naturais de 2015.

Ainda ontem o Chefe do Estado orientou a sessão extraordinária do governo provincial alargada a outros quadros. Antes do comício popular, o Presidente visitou a Feira Agropecuária e de Negócios que reuniu mais de sessenta expositores de toda a província da Zambézia.

Hoje Nyusi orienta um comício popular em Bajone, no distrito de Mocubela, para mais logo deslocar-se a Gúruè onde vai dirigir uma reunião com produtores, agentes envolvidos na comercialização agrícola, e inaugurar a fábrica de processamento da Macadamia.

Fonte: jornalnoticias@co.mz