PR dirige cerimónias centrais do 7 de Abril
O Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, dirigiu hoje as celebrações centrais de 07 de Abril, o Dia da Mulher Moçambicana, que decorrem à escala nacional sob o lema “Pensemos na igualdade, pensemos com inteligência, inovemos para a mudança”.
O facto de se comemorar a data numa altura em que milhares de pessoas no centro do país se encontram em situação difícil e de dor provocada pelo ciclone Idai e inundações não passou despercebido ao Chefe do Estado.
O estadista fez a questão de mencionou o contributo das mulheres nos esforços a serem desenvolvidos pelo governo, parceiros de cooperação, organizações humanitárias, entre outros actores, no processo de recuperação e reconstrução pós ciclone.
Na sua óptica, o número de mortes e o grau de destruição poderia ter sido maior, se não fosse o aviso prévio emitido pelas entidades meteorológicas, o alerta vermelho decretado pelo governo e o trabalho das equipas de gestão de calamidades, que estiveram no terreno a mobilizar as pessoas sobre como agir perante o fenómeno.
“A prioridade é a reposição, o mais urgente possível, dos serviços sociais básicos tais como estradas, energia, água, comunicação e identificação de terrenos para o reassentamento definitivo das populações e avaliação de perdas e danos para facilitar o processo de recuperação e reconstrução”, referiu.
O Presidente Nyusi destacou o facto de as mulheres sempre terem estado envolvidas neste processo, que permitiu a mais de 300 mil pessoas se retirarem das zonas de risco.
“Mais uma vez, no processo de relacionamento com a calamidade, em todos os momentos das inundações e ciclone, testemunhámos a entrega da mulher moçambicana, que, no meio de muitas adversidades, participou no salvamento de vidas e se mantém empenhada no processo de recuperação e reconstrução”, disse.
Para Presidente da República, este comportamento da mulher tem uma explicação e sentido a ser atribuído: “Foi a afirmação de que a mulher é o parceiro real para a transformação da nossa sociedade. Assim, saudamos a toda a mulher moçambicana, exprimimos a nossa gratidão e admiração pela contribuição que dá e continua a dar para o progresso de todos nós.”
Por outro lado, o Chefe do Estado exorta a todos os moçambicanos em idade eleitoral a fluírem aos locais de recenseamento para actualizarem o cartão que lhes permite exercer o de direito de voto nas eleições gerais, presidências e legislativas, de 15 de Outubro próximo.
Um apelo particular do Chefe de Estado dirige-se às mulheres, em reconhecimento do seu papel educador na sociedade, para usarem a capacidade mobilizadora que dispõem e veicularem a mensagem para a participação massiva no processo que arranca no dia 15 deste mês.
O estadista explicou que o adiamento do recenseamento eleitoral era inevitável, pois revelava-se necessário assegurar que os constrangimentos fossem ultrapassados, criando as condições para o início do processo e evitar que o calendário eleitoral fosse desestruturado.
“Podemos, hoje, afirmar que as condições criadas não poderão impedir na totalidade que o recenseamento ocorra sem constrangimentos, todavia, por razões a que nos referimos, este exercício decorrerá de 15 de Abril a 30 de Maio de 2019 à escala nacional, incluindo para os moçambicanos que vivem em círculos eleitorais na diáspora”, vincou.
(PR)