PR avalia os quinze dias da implementação do Estado de Emergência
O Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, procedeu ontem à avaliação dos primeiros 15 dias da implementação do Estado de Emergência em vigor no país, e o estágio do cumprimento das medidas decretadas pelo Governo.
Na sua comunicação, o Chefe do Estado frisou que ainda não chegou o momento de os moçambicanos relaxarem as medidas de prevenção contra o Coronavírus, admitimdo que o Governo poderá vir a tomar medidas mais duras, se persistir o incumprimento de algumas restrições, nomeadamente ao nível da limitação de circulação interna.
"Os próximos 15 dias são decisivos para determinarmos qual será a nossa forma de estar depois desta segunda etapa", disse ainda o Presidente da República, garantindo que "ainda não é momento para relaxar as medidas".
O Presidente Nyusi criticou o comportamento de alguns cidadãos que não têm levado a sério o Estado de Emergência, comportando-se como se o país e o mundo não estivessem a enfrentar um problema sanitário grave. A crítica foi extensiva a algumas religiões, que também desobedecem o distanciamento social indispensável para conter a propagação do coronavírus no país.
"Volvidas duas semanas depois da prorrogação do Estado de Emergência, a não observância do cumprimento das medidas frustra a expectativa dos moçambicanos, o que poderá forçar o Governo a decretar, nos próximos tempos, medidas mais duras, apertadas, que as actuais", referiu Filipe Nyusi.
O Presidente da República realçou ainda o trabalho dos jornalistas na disseminação do conhecimento sobre a COVID-19 e autorizou o regresso aos treinos de atletas de alto rendimento, como de vela, boxe, voleibol de praia, natação e judo, com respeito ao distanciamento social, no âmbito da preparação dos Jogos Olímpicos de Tóquio.
"Só com um comportamento responsável poderemos evitar um agravamento de medidas e ter um regresso gradual à vida normal", acrescentou o estadista na sua comunicação. (PR)