PM quer propostas de solução em 15 dias
O Primeiro-Ministro deu quinze dias para o Instituto de Comunicação Social (ICS), em coordenação com o Gabinete de Informação (GABINFO), desenhar uma matriz com as propostas de solução dos problemas que enfermam aquela instituição pública.
Carlos Agostinho do Rosário visitou ontem o ICS, na capital do país, para tomar pulso da situação naquela instituição criada em 1977, cujo objecto principal é a comunicação para o desenvolvimento, particularmente das comunidades rurais.
Falta de meios de trabalho e baixos salários são as duas maiores preocupações apresentadas ao Primeiro-Ministro, na sequência do que instruiu a direcção do ICS a coordenar com o GABINFO no desenho de uma matriz de soluções, que incluam as necessidades e mecanismos para que se cumpra o objectivo de instalar mais 99 rádios e televisões comunitárias de modo a cobrir todo o país, actualmente servido apenas em 55 distritos.
No informe preparado por ocasião da visita, os trabalhadores do ICS pediram que Carlos Agostinho do Rosário “encare os nossos problemas como seus e providencie soluções para que nos possamos sentir como filhos do mesmo pai, não como enteados, como actualmente nos sentimos quando nos comparamos a outros colegas da mesma área, afectos a outros órgãos.”
A agravar, segundo disseram, está o impacto da redução dos apoios externos que o ICS recebia de alguns parceiros internacionais, facto que concorre para a obsolescência dos equipamentos de trabalho.
Na reacção ao informe dos trabalhadores, o Primeiro-Ministro felicitou o trabalho realizado pelo ICS e encorajou os funcionários a darem mais para o alcance dos objectivos da instituição.
“Viemos compreender e sentir o pulsar da instituição e ver como podemos caminhar juntos. O nosso programa, a nossa agenda de governação assenta na promoção da paz e desenvolvimento, e isto faz-se a partir das comunidades rurais. Sem acesso à informação e ao conhecimento esta agenda não se pode cumprir facilmente. Precisamos ter uma população informada para poder ser capaz de transformar os recursos que lá existem em oportunidades de emprego e de renda. O ICS tem a missão de transmitir mensagens sobre como fazer isso, e tem estado a fazer. O que queremos é que continue a trabalhar com o mesmo empenho…”, disse o Primeiro-Ministro.