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PM no Fórum Macau para mobilizar mais investimentos

10/10/2016 13:14
PM no Fórum Macau para mobilizar mais investimentos

O Primeiro-Ministro (PM) moçambicano, Carlos Agostinho do Rosário, chegou hoje (Domingo) a Macau, na costa sudeste da Ásia, para participar, de 10 a 11 do corrente mês, na V Conferência Ministerial do Fórum para 

a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa.
A margem do Fórum, que vai decorrer sob o tema “Rumo a consolidação das relações económicas e comerciais entre China-CPLP. Unir esforços para a cooperação, construir em conjunto a plataforma e partilhar os benefícios do desenvolvimento”, Agostinho do Rosário manterá uma série de encontros bilaterais, incluindo com o seu homólogo chinês, Li Keqiang. 
A reunião, que será formalmente aberta pelo Primeiro-Ministro chinês, conta com a presença dos chefes de governos ou seus representantes dos países lusófonos.
Moçambique vai servir-se do “Fórum Macau” para procurar mobilizar mais investimentos, principalmente no tocante a implementação de parques industriais e desenvolvimento agrário.
“A participação de Moçambique tem particular vantagem: aumentar o investimento ao país. Mesmo com a crise económica, o país pode voltar a melhorar os níveis de crescimento através do aumento da produção para criar sustentabilidade”, disse o vice-Ministro da Industria e Comércio, Ragendra de Sousa, entrevistado a propósito da participação de Moçambique no Fórum.
De acordo com Sousa, e’ crucial procurar formas de transformar a matéria-prima que o país exporta em bruto e, por ouro lado, capitalizar a vantagem de Moçambique garantir acesso ao mar a países como Zimbabwe, Malawi e Zâmbia, o que abre espaço para que as indústrias sirvam um mercado muito mais vasto. 
“Vai-se para China tratar a questão dos parques industriais. Nos parques, a agricultura vai ocupar papel central de transformar a matéria-prima”, afirmou o vice-Ministro.
“Moçambique vai ao Fórum de olhos abertos para ver que oportunidades se oferecem. Sabemos o que precisamos. A delegação moçambicana está capacitada para tirar maior rendimento do Fórum”, disse. 
Ragendra de Sousa acrescentou que o país já identificou as zonas onde os parques devem ser instalados. “Sabemos das zonas e agora queremos passar a implementação”.
Trata-se, segundo ele, das zonas de Maluane, Marracuene, Tete, zona de Mocuba e Nacala.
Espera-se que durante o Fórum seja aprovado e assinado o plano de acção 2017-2019 e o memorando de entendimento para a cooperação no tocante a capacidade produtiva do Fórum, para além do estabelecimento da federação dos empresários da China e os Países de Língua Portuguesa.
Um comunicado do Gabinete do Primeiro-Ministro refere que a Conferência Ministerial do Fórum de Macau tem como objectivos principais o reforço das relações de amizade e de cooperação entre a China e os Países de Língua Portuguesa, avaliar o grau de implementação do Plano de Acção 2013-2016, delinear estratégias para aumentar a capacidade produtiva dos países participantes do Fórum e promover o intercâmbio empresarial e cultural.
Está ainda previsto o estabelecimento da Federação dos Empresários da China e dos Países de Língua Portuguesa.
Dos Países de Língua Portuguesa convidados pelo Governo da China ao mais alto nível, para além de Moçambique, confirmaram a participação no evento os Primeiros-Ministros de Cabo Verde, Guiné-Bissau e Portugal, sendo que os restantes far-se-ão representar a nível Ministerial
(AIM)