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PM exorta agentes económicos a fixar os preços de bens básicos

09/12/2016 07:55
PM exorta agentes económicos a fixar os preços de bens básicos

 O Primeiro-Ministro (PM) moçambicano , Carlos Agostinho do Rosário, exorta aos agentes económicos a manterem os preços dos bens básicos como forma de os tornar mais acessíveis aos moçambicanos e assim contribuir para a redução do custo de vida.

Falando hoje na Assembleia da República (AR), o parlamento do país, durante o segundo e último dia do debate do Plano Económico e Social (PES) e do respectivo Orçamento do Estado, ambos instrumentos para 2017, Carlos Agostinho do Rosário afirmou que ao fixar os preços dos produtos básicos,os agentes económicos estarão a contribuir para a redução do custo de vida dos moçambicanos.
Reiterou que em 2017 o Governo vai continuar focalizado na redução do custo de vida, medido pela inflação, estabilidade do metical, bem como a restauração de um “clima favorável” ao investimento directo estrangeiro ao país.
“Assim, exortamos a todos os agentes económicos a reflectirem essa tendência na fixação dos preços dos bens básicos de consumo, convista a torna-los mais acessíveis e contribuir para a redução do custo de vida”, disse o governante.
Sobre a tendência, o PM referia-se a taxa de câmbio do metical (moeda nacional) que, em Outubro passado atingiu 80 meticais um dólar norte-americano e que actualmente recuou para 73 meticais na primeira semana do corrente mês.
Destacou as negociações em curso entre o Governo e o Fundo Monetário Internacional (FMI) que visam efectuar um desenho de um novo programa de apoio financeiro ao país.
“Entraremos em 2017 mais confiantes em relação ao desempenho da nossa economia”, vincou, acrescentando que “as nossas perspectivas para 2017 são ainda alimentadas pelas negociações em curso com FMI visando o restabelecimento de um novo programa de apoio financeiro ao nosso país”.
O Governo e a missão do FMI, que está em Maputo desde quinta-feira passada, tem como objectivo discutir sobre um novo programa de financiamento, discussões que se prolongam até ao primeiro trimestre de 2017, altura que se espera a divulgação do relatório da auditoria daquele órgão.
A missão do FMI está em Maputo devido a descoberta de dívidas não declaradas, contraídas por três empresas nacionais (Empresa Moçambicana do Atum, Proindicus e Mozambique Assets Management) com garantia do Estado.
Carlos Agostinho do Rosário reiterou que, em 2017, a implementação da política monetária vai ser salvaguardada pela despesa pública, avaliada em 272 biliões de meticais, sobretudo nos sectores sociais, nomeadamente educação, saúde, abastecimento de água e saneamento.
Na sexta-feira, a AR vai aprovar os dois documentos em definitivo, o OE, bem como o PES, este último através de um projecto de resolução.
(AIM)