Nyusi promete solução para falta de água em Maganja da Costa
O Presidente da República, Filipe Nyusi, promete uma solução, ainda neste ciclo de governação, para a grave problemática da falta de água com que se debate a população do distrito da Maganja da Costa, no litoral da província central moçambicana da Zambézia.
A promessa foi feita durante o comício que o estadista moçambicano orientou hoje na vila municipal da Maganja, que marcou o início da sua visita de três dias a província para aferir os resultados das acções preconizadas no Plano Quinquenal do Governo.
O distrito da Maganja da Costa, com um universo populacional estimado em mais de 220 mil habitantes, é o terceiro mais populoso da Zambézia, depois de Milange e Morrumbala, porém se debate com sérios problemas de falta de água, afectando a maioria dos seus residentes.
Segundo Maria de Lurdes Francisco, que no comício aconselhou o Presidente sobre o delineamento das prioridades do distrito, sempre que os residentes têm um membro da família doente são obrigados a levar água para a unidade sanitária para os cuidados de higiene.
Quando temos uma pessoa doente em casa, quando a levamos ao hospital, somos obrigados a levar água que temos de ir tirar muito longe, disse Maria de Lurdes, apontando que essa rotina é inclusive uma prática diária que interfere na gestão das actividades do quotidiano dos residentes.
O sexto Objectivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) consagra a necessidade de assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todos. Diariamente, uma média de cinco mil crianças morre de doenças evitáveis relacionadas com a água e saneamento.
Na interacção com a população, Nyusi reconheceu o problema daí ter prometido, ainda neste ciclo de governação, uma solução que vai aliviar o sofrimento vivido pelos residentes daquele distrito. A taxa de cobertura da rede de água ronda actualmente os 49 por cento.
No rol de problemas que assolam o distrito, os residentes pediram ao Presidente a reabilitação da estrada sobre o rio Lugela que, na sequência das fortes chuvas de 2015, sofreu uma interrupção, situação que está a afectar a vida da população através do aumento dos preços dos diversos bens de consumo.
A população pediu ainda a asfaltagem das estradas que ligam a sede distrital com os vários postos administrativos para melhorar o escoamento da produção.
Os residentes de Maganja, na pessoa de Gineto Habibo, pedem igualmente a abertura de mais uma agência bancária ou pelo menos o aumento do número de caixas automáticas (ATM), para dar melhor resposta a demanda.
O Chefe do Estado reconheceu a legitimidade da preocupação apresentada e afirmou que a aposta do governo é no sentido de garantir que, até 2019, todos os distritos do país tenham um banco.
Ainda na Maganja da Costa, que esteve sob efeito da chuva que se intensificou após o termo do comício, Filipe Nyusi vai participar, com a comunidade muçulmana do distrito, nas festividades do Idi Ul Adhá antes de seguir para a segunda escala da sua visita à província, o recém-criado distrito de Mocubela, também no litoral, para depois rumar à Alta Zambézia.
(AIM)