Nyusi promete resultados visíveis em 2016

Nyusi fez a promessa durante um encontro mantido, em Adis Abeba, com representantes da comunidade moçambicana residentes na Etiópia, país anfitrião da 26º Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da União Africana (UA).
“Queremos vos encorajar de que tudo faremos neste ano de 2016 para que os resultados sejam visíveis. Vamo-nos concentrar no essencial que é a produção porque sabemos que produzindo estaremos para a trabalhar para a tranquilidade de todos os moçambicanos, incluindo a própria paz”, disse o estadista moçambicano que, juntamente com os seus homólogos, discutem o futuro político do continente em Adis Abeba.
Fazendo um comentário sobre o desempenho do governo em 2015, Nyusi repetiu as palavras proferidas em Dezembro último na Assembleia da República (AR), o parlamento moçambicano, durante a apresentação do estado da nação, afirmando que “estamos orgulhosos, mas queríamos muito mais do aquilo que nós fizemos”.
O governo, na óptica do Chefe do Estado, só vai ficar satisfeito quando forem resolvidas a maioria das preocupações do povo moçambicano.
Nyusi disse estar consciente que jamais será possível resolver todas as preocupações que afligem o povo, mas assume o compromisso de pelo menos satisfazer as necessidades básicas.
Na ocasião, o estadista moçambicano explicou que os conflitos são resultado das carências, desigualdades e falta de oportunidades em diferentes áreas. Como solução, apontou a produção de alimentos, melhor educação, transporte e demais serviços como forma de garantir uma paz efectiva em Moçambique.
Por isso, disse o mais alto magistrado da nação, após a satisfação destas necessidades “acreditamos que aquele que quiser fazer confusão em Moçambique é porque de facto só nasceu para fazer confusão. Porque não se faz confusão quando as preocupações estão resolvidas”.
Para se atingir este desiderato, Nyusi explicou que Moçambique possui um enorme potencial que não está sendo devidamente explorado, citando como exemplo uma vasta extensão de terras aráveis, recursos hídricos e marinhos, recursos humanos suficientes.
Outras áreas incluem a agricultura, que continua a ser prioridade do governo, bem como a produção de energia, turismo, entre outras actividades.
Contudo, todas estas actividades estão condicionadas a uma paz efectiva em Moçambique.
Por isso, o estadista moçambicano reiterou que tudo está sendo feito para restituir a tranquilidade em Moçambique, para que o possa desenvolver rapidamente.
Explicou que nada falta senão os moçambicanos sentarem para a busca de uma solução daquilo que é exequível e que constitui vontade de todos os moçambicanos.
Essa vontade, referiu o Presidente da República, “é de coesos, unidos em amor trabalharmos para o desenvolvimento de Moçambique, onde a pobreza gradualmente vá para a história. Essa é que é a vontade da maioria dos moçambicanos”.
Nyusi concluiu a sua intervenção exortando a todo o povo moçambicano para que se concentre na actividade de principal, colocando de lado todas as diferenças que podem ser resolvidas sentando ou trabalhando.
Falando em nome da Associação dos Moçambicanos Residentes na Etiópia, Isabel Soares, manifestou a sua preocupação com a restauração de uma paz efectiva no país.
Soares aproveitou para citar as palavras do próprio Presidente da República, proferidas durante a recepção da comunidade moçambicana na diáspora em Dezembro de 2015 em Maputo, quando disse que “a paz é um alicerce inquestionável para o fortalecimento da democracia e desenvolvimento”.
Por isso, disse Soares, “gostaríamos de encorajar Vossa Excelência a prosseguir com estas acções de modo que os moçambicanos vivam em tranquilidade paz e bem-estar para que a pobreza passe para a história no nosso país”.