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Nyusi promete “mão dura” as obras inacabadas na Educação

04/05/2017 07:13
Nyusi promete “mão dura” as obras inacabadas na Educação

O Presidente da República, Filipe Nyusi, prometeu uma “perseguição sem trégua” a problemática das obras de construção de escolas inacabadas que, além de empatar os recursos financeiros do Estado, atrasa a solução do problema de milhares de crianças que estudam ao relento em Moçambique.

Nyusi deixou o aviso na visita efectuada hoje ao Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano (MINEDH), inserida no quadro da ofensiva que está a efectuar aos ministérios para se inteirar do seu funcionamento, assim como avaliar o grau de cumprimento das recomendações emanadas no Plano Económico e Social (PES).
Na interacção com os quadros séniores do pelouro, durante o Conselho Consultivo, o Chefe do Estado ficou insatisfeito com a incapacidade dos dirigentes de apresentar o verdadeiro número de obras não acabadas, com o subterfúgio de se estar ainda a mapear a gravidade do problema ou então que é trabalho de empreiteiros desonestos. 
“A questão das obras não acabadas vou perseguir até ao fim”, disse Nyusi, anotando que está no seu interesse descobrir a entidade responsável pela construção da obra, os meandros do respectivo concurso, até a recorrente falta de resiliência da infraestrutura.
Na sua recente deslocação a província do Niassa, norte do país, o estadista disse ter falado com um empreiteiro que deixou uma obra malparada, a quem questionou acerca da não conclusão de uma obra que ganhou o concurso. Em resposta, o empreiteiro disse ao Presidente para colocar a questão ao dono da obra.
No capítulo da resiliência das infraestruturas, Nyusi apontou, a título de exemplo, que na recente visita à província meridional de Inhambane viu escolas cujo tecto foi arrancado pelos ventos fortes do ciclone tropical “Dineo”, mas curiosamente as residências ao lado daquele estabelecimento de ensino estão intactas.
Nyusi recomendou ao MINEDH que continue a investir na expansão da rede escolar, que conta actualmente com mais de 13 mil escolas, em todo o país, do ensino geral, mas sem sacrificar a qualidade das infraestruturas, porque os danos que ocorrem lesam o país todo.
(AIM)