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Nyusi lança comemorações dos 30 anos da morte de Machel

27/06/2016 12:41
Nyusi lança comemorações dos 30 anos da morte de Machel

O Presidente da República, Filipe Nyusi, lançou hoje as comemorações dos 30 anos da morte do primeiro presidente de Moçambique, Samora Machel, acto que teve lugar na Praça dos Heróis moçambicanos, em Maputo.

Falando momentos após a deposição da coroa de flores na cripta, no âmbito dos 41 anos da independência do país, que se comemora este sábado, Nyusi exaltou a obra de Machel, sublinhado que, ao recordar a sua vida e obra, pretende “renovar o compromisso de preservar a verdade e a liberdade, nobres conquistas da luta dos moçambicanos”.
Frisou que Machel alcançou admiração e respeito por causa da sua integridade e estatura moral, bem como do respeito e humanismo que, segundo Nyusi, superava fronteiras, raças, tribo, género, ou religião.
“Samora Machel foi bem mais do que o fundador de uma nação livre e independente. Ele continua a ser um alicerce do orgulho de sermos o que somos”, disse.
Disse ainda que o legado de Machel inspira aos moçambicanos a vencer os actuais desafios que enfrenta e em como se de profecia se tratasse.
“Volvidos 30 anos após o seu desaparecimento físico, as suas lições perduram”, afirmou.
Segundo o estadista moçambicano, com as comemorações do trigésimo aniversário da morte de Machel, exalta-se o papel que teve no estabelecimento de relações de amizade e cooperação com todos os países do mundo.
Nyusi apontou que a solidariedade demonstrada para os mais carentes, bem como a disponibilidade para lutar pelos que sofrem e pelos que são excluídos, constituíam algumas das qualidades emanadas na pessoa de Machel.
Para o Presidente da República, as celebrações desta data consagram o seu exemplo como nacionalista convicto, patriota de elevada craveira, líder visionário e estadista por excelência, bem como o homem que proclamou a independência, tendo projectado o país no tempo e espaço.
A 19 de Outubro de 1986, o avião em que viajava Samora Machel despenhou-se em Mbuzine, território sul-africano, matando 33 das 40 pessoas a bordo. Depois do fim do regime do apartheid foi erguido no local um monumento em homenagem ao estadista moçambicano, que também é herói da luta pela paz numa África Austral que na década de 80 estava em constante ameaça do regime belicista e racista sul-africano.
Como forma demonstrar a força da irmandade entre Moçambique e África do Sul e honrar o comprometimento de Samora Machel na luta contra o apartheid, que vitimava aquele país vizinho, a 19 de Outubro de 2009, o governador da província de Mpumalanga, David Mabuza, inaugurou o Museu de Samora Machel.
Na cerimónia de hoje, participaram a Presidente da Assembleia da República, o parlamento moçambicano, Verónica Macamo, o presidente do Conselho Constitucional, Hermenegildo Gamito, o antigo estadista, Armando Guebuza, bem como individualidades da arena política, económica, social e religiosa no país.