Nyusi e Lungo inauguram central eléctrica em Nacala
O Presidente da República, Filipe Nyusi, e o seu homólogo zambiano, Edgar Lungo, inauguram amanhã, no Porto de Nacala, província de Nampula, uma central eléctrica flutuante, na sequência da visita de três dias que o Presidente da Zâmbia realiza ao nosso país.
O empreendimento, com capacidade de 100 megawatts, vai beneficiar os dois países, dado o défice de energia que aquele país vizinho e o norte de Moçambique enfrentam.
O Chefe do Estado moçambicano manteve conversações com o ilustre visitante, no quadro das relações bilaterais existentes entre os dois Estados da África Austral.
No fim das conversações entre os dois chefes de Estado e respectivas delegações assinou-se dois memorandos de entendimento nas áreas da Agricultura e Segurança Alimentar e Energia.
No que se refere à central eléctrica a ser inaugurada amanhã em Nacala, o Ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Oldemiro Balói, disse trata-se de um empreendimento que vai beneficiar os dois países e gerar lucros para Moçambique com a venda de energia.
Segundo Balói, foi estabelecida ainda a construção de uma central termoeléctrica com base no carvão na província de Tete, que vai beneficiar igualmente os dois países e a outros países da região.
Embora sem data marcada para o início da construção do projecto, e a identificação de potenciais investidores, Balói, que assinou os dois memorandos em nome do Governo moçambicano, disse que o empreendimento terá capacidade de 1200 megawatts e vai servir de interligação entre a Zâmbia e Moçambique.
“Trata-se de tecnologia de ponta que vai gerar energia que poderá ser vendida e produzir lucro de 12 milhões de dólares/ano para o nosso país”, disse.
No que diz respeito à agricultura e segurança alimentar, área que mereceu grande destaque nas conversações entre os dois chefes de Estado, Balói disse que vai se incrementar a produção e comercialização da castanha de caju entre os dois países e também aumentar a segurança alimentar.
A ideia que existe é que os dois países incrementem uma produção que sirva para consumo interno e para a exportação. A título de exemplo de cooperação nesta área, a Zâmbia recebeu 15 mil mudas de cajueiros de Moçambique para o fomento desta cultura.
O Ministro dos Negócios Estrangeiros da Zâmbia, Harry Kalaba, disse, por seu turno, que os documentos assinados traduzem uma parceria inteligente entre os dois países, de que, segundo ele, esperam-se bons resultados.
A política e a diplomacia foram igualmente outras áreas que mereceram apreciação entre os dois chefes de Estado, tendo-se comprometido a melhorar e aprofundar as relações de cooperação bilateral.
Fonte: Jornal Notícias