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Nyusi defende investigação para alcance da auto-suficiência

09/02/2017 07:27
Nyusi defende investigação para alcance da auto-suficiência

O Presidente da República, Filipe Nyusi, instruíu os quadros do Ministério da Agricultura e Segurança Alimentar (MASA) para priorizarem a investigação na produção agrícola, no sentido de evitar as perdas e assegurar o aumento qualitativo e quantitativo da auto-suficiência em Moçambique.

Nyusi lançou o desafio hoje em Maputo quando orientava a sessão do Conselho Consultivo do MASA, alargado a outros quadros do pelouro, no âmbito da ofensiva executiva que está a efectuar aos ministérios visando aferir, de perto, o grau de exercício das actividades de cada órgão central.
O estadista moçambicano inteirou-se das metas e perspectivas que o MASA se predispõe a concretizar no ano em curso como, por exemplo, as metas de produção desde a área total por cultivar (5.5 milhões de hectares), os volumes referentes as culturas de rendimentos, leguminosas, raízes e tubérculos, hortícolas, entre outras culturas.
No sentido de assegurar a consumação do desiderato, o sector da agricultura conta com um universo de quatro milhões de produtores em todo o país, que se dedicam a esta actividade.
O processo de produção, segundo o Chefe de Estado, pode livrar o país da dependência em várias culturas que Moçambique ainda não conseguiu atingir a auto-suficiência e, portanto, drena anualmente largas somas na importação desses recursos.
Na sua primeira escala, Nyusi visitou várias direcções nacionais (veterinária, extensão agrária, ciências animais, silvicultura), assim como o Instituto de Investigação Agrária de Moçambique (IIAM), onde recebeu explicações detalhadas sobre actividades que essas direcções realizam.
O Presidente da República apontou a necessidade de os gestores do MASA desenharem e incorporarem na sua matriz de trabalho as tradicionais questões, conducentes a concretização das metas desejadas.
A título de exemplo, disse que é sempre importante que a matriz de trabalho incorpore questões sobre como realizar as tarefas concebidas, assim como onde executar essa mesma actividade, mas acima de tudo o respeito dos prazos para o efeito.
“O clima e o solo do país não são iguais em toda a extensão do território moçambicano, daí a necessidade de a matriz de trabalho responder a essas questões”, disse Nyusi, apontando a importância do critério da responsabilização, para que no caso de falha no cumprimento do preconizado seja responsabilizado o “culpado”.
Os jovens que se formam e se dedicam a extensão agrária em várias partes do país devem, segundo o estadista, ser disciplinados no sentido de garantir máximo aproveitamento do seu contributo em prol da agricultura.
Nyusi desafiou igualmente aos quadros do pelouro a aumentarem a concentração na gestão dos recursos, quer humanos quer financeiros. No primeiro capítulo, apontou a necessidade de criar um ambiente favorável a retenção dos quadros a vários níveis.
No que respeita a segunda componente, o património infra-estrutural, assim como de meios móveis (viaturas) devem ter, pelo menos, um tempo médio de vida equivalente a cinco anos, porque o país não dispõe de recursos para a constante renovação.
(AIM)