Novo PCA da TVM tomou posse
Garantir eficiência na prestação de serviços ao público e agir com proactividade na resposta às exigências do mercado na era digital são dois dos desafios colocados ontem pelo primeiro-ministro, Carlos Agostinho do Rosário, ao novo presidente do Conselho de Administração da Televisão de Moçambique (TVM), Armando Inroga.
Segundo o primeiro-ministro, Inroga assume as funções numa altura em que o sector da comunicação social audiovisual, no geral, e a TVM, em particular, enfrentam o desafio da migração tecnológica, que consiste na transição do actual sistema analógico para o digital.
“A digitalização da Televisão de Moçambique vai implicar que se operem mudanças que ultrapassam a mera migração técnica. A migração digital não deve ser encarada como uma mera mudança do sistema analógico para o digital, mas também como um novo conceito de comunicação, em que a produção de conteúdos passa a tornar-se o principal foco dos canais audiovisuais”, destacou o primeiro-ministro, acrescentando que Armando Inroga tem também a missão de responder aos desafios actuais da televisão pública, tendo em conta a sua experiência como gestor público.
Segundo Carlos Agostinho do Rosário, o processo de migração digital vai interferir na maneira como passarão a ser produzidos os conteúdos audiovisuais, ou seja, vão ocorrer alterações nas rotinas de produção e nas competências profissionais.
“Este processo implicará, entre outras mudanças, a formação e capacitação contínua dos recursos humanos, para responder às necessidades reais da TVM; inovação, com vista a elevar a capacidade de lidar com um mercado cada vez mais dinâmico e concorrencial, decorrente do previsível aumento exponencial de canais. Impõe-se que a TVM assegure um contínuo aprimoramento do seu modelo de gestão, com vista a garantir a sustentabilidade económica e financeira da empresa”, recomendou o primeiro-ministro.
Reconheceu o trabalho desenvolvido pelo anterior PCA, Jaime Cuambe, pelo empenho, dedicação, tendo contribuído para o crescimento da instituição, com destaque para o alargamento do raio de cobertura e transmissão de serviços noticiosos em línguas nacionais.
Na sua declaração à imprensa, o novo PCA da televisão pública garantiu que levará para a TVM as recomendações deixadas pelo primeiro-ministro, nomeadamente fazer da empresa uma televisão eficiente e eficaz para as necessidades dos moçambicanos, assim da comunidade internacional, que vêem o país através deste canal.
Disse ainda que todas as empresas são sustentáveis com base em critérios de rentabilidade e, sendo a TVM uma televisão que vende serviços, terá de haver uma componente comercial forte, para corresponder ao esforço que o Governo está a fazer.