Nhambiu defende biotecnologia para promover desenvolvimento
O Ministro da Ciência e Tecnologia, Ensino Superior e Técnico- Profissional (MCTESTP), Jorge Nhambiu, defendeu, ontem, em Maputo, que os cientistas e pesquisadores nacionais devem ter na biotecnologia uma força motriz para promover o desenvolvimento social e económico do país.
Para o governante, os pesquisadores, cientistas e produtores devem encontrar soluções a curto e longo prazos para as limitantes que afectam o desenvolvimento dos sectores de Agricultura, Saúde, Pescas e Recursos Marinhos e o Ambiente.
“A ideia é divulgar as potencialidades da biotecnologia como força motriz do desenvolvimento e esperamos que aborde temas e trabalhos científicos, que vão ajudar a harmonizar os conceitos teóricos, analíticos e práticos”, disse.
Explicou ainda que a realização deste evento é de extrema importância para o MCTESTP, pois a nova estrutura orgânica do ministério propícia que investigadores, docentes, estudantes e produtores se agreguem num mesmo pelouro.
O ministro entende que uma vez congregados, fica fácil incrementar o uso da biotecnologia para valorizar a diversidade dos recursos biológicos e promover a gestão sustentável e a protecção da mesma para o benefício da sociedade.
“A biotecnologia moderna é reconhecida como um conhecimento, que tem vindo a tornar-se o principal condutor da transformação para o desenvolvimento económico em vários países, e destaca-se como uma tecnologia fundamental para a solução de problemas, como a reduzida produção e produtividade agrícola, pelo seu poder de promover a segurança alimentar, a produção de novos fármacos, o desenvolvimento de indústrias de pescas e recursos marinhos”, explicou Nhambiu.
Afirmou ainda que a dinâmica que as ciências, em particular a biotecnologia moderna, impõem que acções de formação e de trocas de experiência, entre os vários actores, sejam realizadas de forma contínua.
É com este propósito que o Ministério da Ciência e Tecnologia, Ensino Superior e Técnico-Profissional incentiva a realização de iniciativas do género.
“A biotecnologia é hoje, no concerto das nações, um caminho incontornável na busca de respostas aos problemas como a insegurança alimentar, mudanças climáticas, conservação da biodiversidade e saúde pública”, referiu o governante, apontando que é por esta razão que estas prioridades estão plasmadas no Programa Quinquenal do Governo 2015-2019.
Apelou igualmente aos participantes do encontro, sobretudo aos moçambicanos, a aplicarem a biotecnologia nas pesquisas realizadas para a solução de problemas específicos em diversos sectores de actividade socioeconomica e na geração de rendimentos, a partir da transformação de recursos biológicos locais.”
“Grandes desafios ainda se nos colocam, em relação ao estabelecimento da ligação entre a pesquisa e o sector produtivo, no domínio da formação de indústrias e empresas de base tecnológica, pois as duas vertentes devem ser abordadas de forma articulada, considerando que estão direccionadas aos mesmos beneficiários finais, que são os consumidores”, afirmou.
O seminário sobre temas científicos ligados à biotecnologia e genética encerra hoje e decorre sob o lema “Biotecnologia como Ferramenta para a Promoção do Desenvolvimento”.
Fonte: Jornal Notícias