Não há razões para existência de partidos políticos armados

Joaquim Chissano entende que com os “arranjos” que têm estado a ser feitos para a melhoria do sistema de governação, originando a revisão pontual constitucional, não faz sentido que as forças políticas tenham nas armas a alternativa para alcançar seus objectivos.

“Em Moçambique, só gostaríamos de ver uma única força do Estado para garantir a defesa do povo e a soberania nacional”, reiterou Chissano, que falava a jornalistas na Praça dos Heróis Moçambicanos, em Maputo, na cerimónia alusiva ao 43.º aniversário da proclamação da independência nacional.

Na ocasião, Joaquim Chissano afirmou que todos os partidos políticos confiados pelo povo podem participar, de uma forma ou de outra, na governação do país, bastando para tal se esforçarem em conquistar a confiança dos seus eleitores.

“Estamos num país democrático. Por isso, não há necessidade de existir milícias dos partidos políticos”, disse, apelando para que haja consensos necessários sobre a desmilitarização da Renamo.

Sobre a efeméride, Chissano disse ter expectativas de que Moçambique vai continuar a ser construído de forma progressiva, acreditando que um dia atingirá os seus objectivos de desenvolvimento.

Em retrospectiva, indicou que o país de hoje não é o mesmo que de ontem, em vários aspectos, dentre os quais se destacam as liberdades de que os moçambicanos usufruem actualmente.

Defendeu a necessidade de se continuar a apostar no diálogo, como principal alternativa para o alcance de consensos para eventuais diferenças que oponham os moçambicanos.

Esta fórmula deve ser também usada para encontrar as soluções para os diversos problemas que assolam o país, nomeadamente a necessidade do alcance da paz efectiva, a estabilidade política, macroeconómica e social.