Nampula administra vacina contra cólera
Entretanto, de acordo com Suleimane Isidoro, médico-chefe provincial em Nampula, citado hoje pelo Notícias, a OMS coloca como condição para disponibilizar as cerca de 300 mil doses da vacina o aumento do acesso de água potável, melhoria da limpeza e recolha célere de resíduos sólidos bem como o aperfeiçoamento do sistema de escoamento das águas a nível da cidade.
Frisou que os bairros residenciais seleccionados para receberem a vacina registam sistematicamente índices elevados de casos tanto de internamentos como de óbitos relacionados com doenças diarreicas.
Suleimane Isidoro disse ainda que a administração da vacina contra a cólera não vai substituir os esforços que as autoridades municipais, os governos da Cidade e da Província de Nampula têm vindo a desenvolver para garantir as condições de saneamento, consumo de água segura e gestão sustentável do ambiente.
Segundo o clínico, estas actividades devem acontecer de forma contínua.
Precisou que nas últimas duas semanas a autoridade governamental da cidade, em coordenação com o seu sector, levou a cabo várias acções visando a melhoria do meio ambiente, caracterizadas não somente pela limpeza e tratamento das fontes de abastecimento de água como também no aumento da disponibilidade de medicamentos para o tratamento de doenças de origem hídrica ao nível do centro existente naquela urbe.
Segundo o entrevistado, é fundamental que a população saiba que a água com a qual lava os seus utensílios domésticos deve ser potável, porque de contrário o vibrião colérico pode estar alojado nos utensílios que usa.
A cidade de Nampula conta neste momento com cerca de 618 mil habitantes e destes cerca de 247 mil munícipes têm acesso a água potável. Para aumentar o nível de cobertura o Fundo de Investimento e Património de Abastecimento de Água (FIPAG) está a colocar cisternas ao nível dos bairros considerados críticos em termos de acesso à água para satisfazer à demanda da população.
(AIM)