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Namashulua defende modernização da Administração Pública

30/06/2016 11:08
Namashulua defende modernização da Administração Pública

A ministra da Administração Estatal e Função Pública, Carmelita Namashulua, afirma que urge a modernização da administração pública em Moçambique, e adaptá-la a actual fase de desenvolvimento, para que possa responder cabalmente os anseios dos cidadãos.

Namashulua, que falava hoje na abertura do II Conselho Coordenador do seu ministério, um evento de três dias em curso na Matola, destacou que a administração pública nacional deve ser dinamizadora de boas práticas e livre da corrupção.
O Conselho Coordenador, que decorre sob o lema “Por Uma Administração Pública Profissionalizante Centrada nos Resultados”, propõe-se a analisar, entre outros temas, os relatórios sobre a gestão de risco de desastres, reforma no sector público, sistema de carreiras e remunerações, Estatuto Geral dos Funcionários do Estado e a Gestão de Recursos Humanos do Estado.
Apelando a um maior grau de empenho e organização de todos os funcionários e agentes do Estado, nas unidades orgânicas do órgão central e nos órgãos locais, Namashulua vincou que o sector deve ser capaz de encontrar soluções integradas para os desafios do quotidiano. 
A realização deste encontro, segundo a ministra, é uma oportunidade para a uniformização dos métodos de trabalho no sector e alinhar os planos, projectos e programas com vista a implementação harmoniosa das políticas sectoriais.
“Assim todos os participante são chamados a apresentar suas contribuições de forma aberta, franca e directa, por forma a consolidarmos a nossa organização para o cumprimento da nossa missão, tendo em conta os valores que defendemos e a visão que nos guia”, disse Namashulua.
O que se pretende, segundo a governante, é que este encontro sirva de avaliação das realizações, busca conjunta de estratégias mais efectivas para a operacionalização dos objectivos a curto, médio e longo prazo.
A governante recordou que Moçambique está a atravessar momentos difíceis que resultam da seca que atingiu a zona sul e partes do centro e cheias no norte, a baixa dos preços das matérias-primas no mercado internacional e os ataques dos homens armados da Renamo, o maior partido da oposição em Moçambique.
“Somos todos chamados a dar a nossa contribuição para que aqueles que vivem e agem a margem da lei compreendam que é através do diálogo e da tolerância que iremos alcançar a paz e desenvolver Moçambique e criar o bem-estar para todos os moçambicanos”, disse a ministra.
Namashulua reconheceu a escassez de recursos suficientes para a realização de todas as actividades do sector reafirmando que “é nossa obrigação exigir que todas as unidades orgânicas e instituições tuteladas façam o uso racional dos escassos recursos que estiverem ao seu dispor procurando tirar maior proveito deles”.
Esta acção, segundo a ministra exige uma planificação rigorosa das actividades e a participação de todos os actores relevantes na implementação de programas com impacto directo na vida das comunidades.
Namashulua destacou que na Função Pública é preciso reduzir a morosidade na tramitação dos documentos, indisciplina e casos de desvios de fundos. 
Neste capítulo o Instituto Superior da Administração Pública (ISAP) é chamado a assumir um papel fundamental através da disponibilização de estágios para induzir nos funcionários estratégias sobre como estar na Função Pública.