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Município da Matola redefine limites

11/05/2018 11:30
Município da Matola redefine limites

O Conselho Municipal da Matola vai redefinir os limites da área ocupada pelo quartel de Siduava, para evitar futuros conflitos com a comunidade local, segundo garantiu na tarde de ontem o presidente do município, Calisto Cossa.

O presidente do Conselho Municipal da Matola falava no final de um encontro com a população local e dirigentes do Comando-Geral da Polícia da República de Moçambique, na sequência do conflito instalado entre militares e a população, após um menor ser atingido mortalmente por uma bala perdida, semana finda, no bairro Siduava.

Após confortar a família enlutada, Calisto Cossa lamentou o sucedido e referiu que a comissão do bairro vai trabalhar conjuntamente com o Conselho Municipal e as autoridades da Defesa e Segurança para, rapidamente, definir-se a área limite do quartel, incluindo o espaço da servidão militar, cuja existência é ignorada pela população.

Estranhou o facto de em todos outros bairros com problemas semelhantes, como Malhampsene e Boquisso, serem as mesmas pessoas a liderar as comissões dos moradores.

“Do ponto de vista da legalidade, não somos nós que determinamos os limites do quartel. Para além do espaço físico onde se alojam os militares, existe a área de servidão militar. É esta parte que a população entende que não devia existir. O nosso propósito não é atribuir razão para quem quer que seja. Queremos a observância da legalidade e uma comunicação clara com a população sobre a convivência que pretendemos”, disse, defendendo a necessidade de se abrir mais canais de comunicação a nível da base.

Explicou que na fase em que o assunto se encontra, é preciso delimitar o espaço reservado ao quartel, o espaço habitacional e também relativo às machambas. Disse que será encontrada uma solução para aqueles que estiveram a residir dentro do perímetro do quartel.

“Estamos a ter situação de pequenas habitações, machambas e quartel na mesma área. Houve invasões. Não faz sentido que alguém esteja aqui, de repente, sem documentos de atribuição de terra pelas autoridades administrativas”, lamentou.