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Moçambique revela sinais de recuperação económica

15/06/2017 07:53
Moçambique revela sinais de recuperação económica

O Presidente da República, Filipe Nyusi, reiterou hoje, em Washington, EUA, que Moçambique manifesta sinais claros de estar a ultrapassar os obstáculos que vinha enfrentando nos últimos tempos, vincando que o país “está de volta rumo ao crescimento económico e desenvolvimento.

O Chefe de Estado moçambicano transmitiu este sentimento durante o discurso que proferiu na abertura da 11ª Cimeira Bienal de Negócios EUA/África, havida esta quarta-feira, em Washington DC e que juntou mais de 700 participantes entre governantes, agentes económicos e instituições financeiras de todos os quadrantes do mundo.
“Hoje vimos dizer: Moçambique está de volta como país de economia próspera. Está de volta não apenas porque se observa a descoberta de jazigos de recursos naturais de grande valor económico a nível, como o gás natural, o carvão, entre outros, cuja exploração conta com a presença de empresas norte-americana”, disse.
Segundo Nyusi, as oportunidades também abrangem os sectores de produção e distribuição de energia eléctrica, infra-estruturas, produção e venda de bens industriais e de consumo, extensas terras aráveis para o desenvolvimento da agricultura, e muitas outras.
“Por isso, Moçambique está de volta para transformar em riqueza as inúmeras potencialidades e possibilidades de negócio que oferece”, realçou o estadista moçambicano, convidando o empresariado norte-americano a investir nas diversas áreas que o país oferece, incluindo a indústria transformadora, turismo e hotelaria, transportes e comunicações e serviços. 
Sobre as grandes realizações em curso no país, Nyusi informou que foi lançado oficialmente, ainda este mês, em Maputo, o projecto de produção de gás natural liquefeito, através de uma plataforma flutuante, a ser instalada no alto-mar, no quadro do Coral Sul da Bacia do Rovuma, um investimento que atraiu 15 bancos e cinco agências de crédito e de exportações.
Trata-se de um grande voto de confiança por Moçambique e pelo nosso governo. Daí a nossa afirmação: de Moçambique está de volta, os investimentos estrangeiros estão seguros”, reiterou.
Reconheceu, porém, que Moçambique enfrenta desafios resultantes da crise económica, mas que é possível superá-los com o restabelecimento de uma paz efectiva e estabilidade política, processo no qual o país conta com o apoio de todos os amigos, em particular dos EUA.
Para o efeito, Nyusi disse nutrir uma esperança de que a visita que vem efectuando aos EUA poderá contribuir para passos qualitativos rumo a superação desses desafios, pois constituem um entrave não só para a prosperidade como também para a viabilidade dos projectos de investimento de Moçambique, incluindo norte-americanos, sendo necessário uma acção comum.
“O povo moçambicano e a comunidade empresarial mundial aguardam com muita expectativa a evolução dos projectos de exploração de hidrocarbonetos na bacia do Rovuma, em particular do gás natural” anotou o Presidente da República, numa intervenção sob lema: “Engajando o empresariado americano na consolidação de parcerias mutuamente vantajosas para a prosperidade”.
Recordou que os EUA marcam presença neste sector como parceiro estratégico, acreditando-se que o investimento americano poderá tornar Moçambique como um dos maiores produtores de gás natural no mundo, tanto a montante como em toda a sua cadeia de valor.
“Para além das relações económicas e empresariais, gostaríamos de destacar nesta cimeira a assistência do governo americano no nosso desenvolvimento através de projectos específicos de desenvolvimento”, afirmou Nyusi, frisando, por outro lado, que os EUA podem tornar-se, nos próximos anos, no maior investidor singular em Moçambique. “
“São investimentos transformacionais da estrutura da economia moçambicana, fazendo uma viragem acentuadamente positiva na história de Moçambique e nas suas relações com os EUA”, afirmou.
Sobre o evento, Nyusi disse ser o maior fórum de negócios entre EUA e África, porque a diversidade das empresas que compõe esta plataforma oferece inúmeras opções para uma cooperação económica e empresarial.
Disse ainda que se trata de um evento promotora de um desenvolvimento integrado, endógeno e sustentável, sobretudo para as economias africanas emergentes. “Por isso, vimos aos EUA acompanhados por uma missão empresarial de Moçambique”.
Com a participação de Moçambique ao seu mais alto nível, segundo o Presidente “queremos consolidar a nossa posição como destino seguro e estratégico de investimento estrangeiro na Africa Austral”. 
“Queremos também reafirmar o papel dos EUA como parceiro estratégico no desenvolvimento de Moçambique”, anotou.
Reza a história que o ultimo Chefe de estado moçambicano que participou neste tipo de evento foi o Presidente Joaquim Chissano, em 1997, na primeira Bienal, há precisamente 20 anos.
Durante este período, segundo Nyusi, Moçambique contou com o apoio inestimável dos EUA, que ajudaram o país a conquistar um lugar de destaque em África e no mundo. 
(AIM)