Moçambique e Malawi iniciam projecto de interconexão eléctrica
O projecto de interconexão eléctrica entre Malawi e Moçambique, que se vai materializar em 2020, teve início com consultores envolvidos no estudo de Avaliação de Impacto Ambiental e Social (ESIA) para determinar a melhor rota das linhas de transmissão.
As empresas de Electricidade de Moçambique (EDM) e do Malawi (ESCOM) contrataram a WSP do Canadá e os Consultores de Água, Resíduos e Ambiente (WWEC) para realizar a avaliação do impacto ambiental e preparar a Política de Reassentamento (FPR) até Junho de 2017.
Os consultores já começaram a realizar intercâmbios e reuniões com as partes interessadas e com as organizações e comunidades envolvidas no projecto, principalmente nos distritos malawianos de Neno, Balaka e Mwanza.
O consultor do projecto Francis Barbe disse que a avaliação visa identificar os efeitos positivos e negativos sobre o ambiente e as comunidades.
Por outro lado também vai identificar as medidas necessárias para mitigar os impactos negativos e maximizar os positivos.
Para os consultores, o estudo de Avaliação do Impacto Ambiental e Social deverá apresentar um roteiro sustentável para a implementação do projecto de interconexão eléctrica.
No que toca ao reassentamento, a avaliação vai identificar as residências e os bens que provavelmente serão movimentados.
O especialista em desenvolvimento da WWEC, Mabvuto Phula, disse que os consultores já se reuniram com autoridades do Ministério de Terras, Habitação e Desenvolvimento Urbano, Ministério de Recursos Naturais, Departamento de Assuntos Ambientais, Mineração e Energia e a Comissão de Direitos Humanos do Malawi sobre a Avaliação de Impacto Ambiental e Social (ESIA).
O Projecto de Interligação entre Moçambique e Malawi envolve a construção de uma linha de transmissão de energia eléctrica de 400 kV de 210 km, desde a Subestação de Matambo, em Tete, até Phombeya, em Balaka.
A interconexão é vista como solução para os actuais desafios do Malawi em relação a energia eléctrica, através do fomento e desenvolvimento de novas fontes e abertura do mercado a potenciais investidores.
Actualmente, Malawi apenas gera 351 megawatts de energia que abastecem cerca de dez por cento dos malawianos. (RM Lilongwe)